As exportações brasileiras de carne de frango, a mais vendida, que hoje já representam 41,4% do mercado mundial, passaram a ter 48,1% de participação. A carne bovina passará de 25% para 30,3% e a suína, de 12,4% para 14,2%. “Esses números só não são melhores por efeito da crise mundial”, afirmou o coordenador-geral de Assuntos Estratégicos, José Garcia Gasques.
A produção nacional de carnes deverá crescer 37,8% nesse período, o que representa 8,4 milhões de toneladas de carnes a mais. Segundo Gasques, mais de 70% desse incremento serão destinados ao mercado interno.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que participou da apresentação do trabalho, disse que a pecuária brasileira está se encaminhando para o sistema intensivo ou semi-intensivo, nos quais criam-se mais animais em uma área menor.
Ele disse que, no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, que deve ser apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio, será oferecida, além da linha que já existe para recuperação de áreas degradadas, uma para incentivar a integração lavoura-pecuária.
“Essa parte será intensificada como um item específico no próximo plano agrícola, afinal, temos que cumprir os compromissos assumidos na COP 15 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em dezembro do ano passado em Copenhague]”, afirmou o ministro.
A pesquisa divulgada hoje leva em consideração dados sobre a produção e o consumo mundial de alimentos dos últimos 30 anos. Outro estudo, com projeções do agronegócio brasileiro para os próximos 20 anos, está em fase de conclusão.
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