O presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Guillermo Aruquipa, assegurou nesta sexta-feira (25) que a Bolívia tem gás suficiente para cumprir todos os compromissos adquiridos, mas evitou falar sobre o aumento do fornecimento à cidade brasileira de Cuiabá.
"Temos compromissos com vários mercados, e todos estão sendo cumpridos até o momento", disse o titular da YPFB.
Segundo fontes oficiais não identificadas ouvidas pelo jornal local "La Razón", a Bolívia não teria reservas suficientes de gás natural para aumentar o envio a Cuiabá, atualmente de 1,2 milhão de metros cúbicos diários, para 2,2 milhões. As fontes do jornal afirmam que o governo Morales "não se compromete" a cumprir o volume demandado por Cuiabá, "porque atualmente não tem os volumes suficientes para cobrir maiores demandas".
O aumento está previsto no acordo firmado, em fevereiro, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governante boliviano, Evo Morales. Em contrapartida, o Brasil se comprometeu a aumentar o preço pago pelo gás natural recebido por Cuiabá, de US$ 1,09 para US$ 4,2 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica).
Déficit de gás
Segundo denunciou o jornal, os acordos de exportação firmados pela Bolívia somam 45,5 milhões de metros cúbicos diários de gás, ao tempo que o próprio Aruquipa reconheceu que, atualmente, o país produz entre 40 e 42 milhões por dia.
Do total de gás natural comprometido para exportação pela Bolívia, 30 milhões de metros cúbicos diários estão contratados pelo Brasil para o mercado de São Paulo.
A YPFB - estatal boliviana de petróleo e gás - retomou o monopólio sobre o setor dos hidrocarbonetos e é o responsável pela produção e comercialização de todos os produtos energéticos, como efeito da nacionalização ditada pelo governo Morales, em 1º de maio de 2006.
G1
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