Menu
quinta, 25 de abril de 2024
Busca
Busca
Brasil

BC deveria reduzir meta de inflação diz economista da FGV

17 Mar 2011 - 08h26Por

Em trajetória ascendente, a inflação vai superar o teto da meta do governo (6,5%) no acumulado em 12 meses nas próximas divulgações do IPCA, mas deve perder força e fechar o ano muito perto dos 5,9% de 2010, opina Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas). Em 12 meses, o índice do IBGE soma alta de 6,01% até fevereiro.

É que há, diz, a previsão de arrefecimento dos preços das commodities internacionais e os bens de consumo -- excluídos os alimentos -- devem registrar uma variação de preço muito baixa.

Para o economista, o governo, porém, já trabalha para que a inflação convirja para o centro (4,5%) da meta em 2012, e não mais neste ano. Quadros criticou, no entanto, a decisão do governo de manter a meta em 4,5% -- com intervalo de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Em vigor desde 2005, o percentual já foi fixado como o objetivo central do governo até 2012.

O economista compara a situação brasileira à chilena. O Chile, diz, adotou o regime de metas nos anos 90 e desde o início dos anos 2000 estipulou a meta entre 2% e 4%. "E cumpriu o objetivo em 75% das vezes. Mas o Chile tem um Banco Central independente e isso faz diferença", disse Quadros, no Seminário de Análise Conjuntural do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV).

Para Quadros, o sistema de metas no Brasil já perdura há mais de uma década e deveria perseguir índices menores de inflação -- que neste ano, apesar do repique de janeiro e fevereiro, sofrerá o efeito positivo das importações mais baratas por conta do câmbio.

Se os importados ajudam a conter os preços, eles ampliam o descompasso entre a indústria e o comércio -- que se beneficia com a venda de produtos mais baratos vindos do exterior.

Para Aloísio Campelo, economista da FGV, a expansão das importações é o principal motivo da distância entre as vendas do comércio e a produção da indústria. Nos últimos cinco anos (dezembro de 2005 a dezembro de 2010), o setor fabril cresceu 31% -- taxa próxima ao avanço de 31% das exportações brasileiras. Já o varejo viu suas vendas subirem 61% no período. O ritmo é inferior, mas mais próximo da expansão do volume de exportações -- 80%.

Em seus cálculos, economista usou dados do IBGE para indústria e comércio e indicadores de quantidades de exportações e importações.

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

TRAGÉDIA
Mulher passa mal ao ver marido infartar e morre 30 minutos depois dele
SEM ATENDIMENTO
Grávida que morreu sem atendimento 'vomitou sangue pelo nariz e boca'
VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina
Fátima Fest 2024
Agora é oficial Luan Santana divulga em sua agenda a data do show em Fátima do Sul no Fátima Fest
Ajude
Mãe luta por tratamento de filha especial e por sobrevivência dos outros filhos em Campo Grande

Mais Lidas

FOTO: BLOG FAVO DE MELFÁTIMA DO SUL DE LUTO
Fátima do Sul com tristeza se despede do querido amigo Mirão, família informa sobre velório
DESPEDIDA
Morte precoce de mulher abala moradores de Mato Grosso do Sul
Entretenimento
Encontro Nacional de Violeiros do MS acontece neste fim de semana em Vicentina, veja a programação
FOTO: MÍDIA MAXFEMINICÍDIO EM MS
'Matei porque era prostituta': Homem deu 30 facadas em mulher e passou 3 dias com corpo em MS
Sidney Assis, de CoximTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Acidente mata mãe e filho