Com a divulgação, ontem, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o brasileiro já pode esperar um reajuste dos preços dos remédios de até 6,01%. O aumento autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) — do Ministério do Desenvolvimento — entra em vigor em abril, conforme publicado ontem no Diário Oficial. Mais de 18 mil produtos vão sofrer os aumentos.
LISTA PARA ANVISA
A dica para quem quer fugir do aumento é procurar as farmácias populares. Postos de saúde fornecem medicamentos básicos gratuitamente. Todos os remédios que serão alvos da alta serão conhecidos no fim do mês, quando os laboratórios devem enviar listas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os fabricantes podem aplicar percentual menor que o autorizado ou até não aumentar.
Aposentado calcula perda de 0,06%
A expectativa dos inativos era de que uma portaria fizesse o acerto com base nos 6,47% da inflação. A decisão do governo, no entanto, está em linha com o discurso de impedir novas pressões nas despesas, principalmente depois de anunciar corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011. O acerto só acontecerá por determinação da presidenta Dilma Rousseff.
Insatisfeito com a decisão do governo, o presidente da Cobap, Warley Martins, ameaça entrar com ação na Justiça para assegurar que os benefícios sejam corrigidos pelos 6,47%. Ele reforçou que a legislação garante que os benefícios acima do mínimo devem ser reajustados de forma que mantenha o poder de compra.
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