A partir de 2015 o Mato Grosso do Sul será um grande produtor de energia elétrica extraída da queima do bagaço e da palha da cana de açúcar, se tornando auto-suficiente na produção de energia com excedente para garantir o suprimento de outros estados. Em cinco anos as usinas de álcool estarão produzindo 1,2 milhão de megawatts, 145% a mais do que o consumo estadual. Ou seja, por essas projeções haverá oferta de energia da biomassa suficiente para atender toda a demanda de Mato Grosso do Sul – 500 mw – e haveria um excedente de 700 mw.
O governador André Puccinelli concedeu incentivos fiscais diferenciados – isenção de 90% do ICMS para as usinas que tenham o ciclo completo de produção (álcool, açúcar e energia). Com apoio da bancada federal, o André conseguiu convencer o governo federal a incluir no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a implantação de 820 quilômetros linhas de transmissão e 471 quilômetros de rede coletoras para conectar as usina as linhas de transmissão do sistema nacional. O investimento passa dos R$ 600 milhões com previsão de entrega das obras em 18 meses.
No leilão para compra de energias alternativas que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) promoveu nesta semana, três usinas se habilitaram para vender energia da biomassa a partir de janeiro do ano que vem.
A Usina Eldorado, de Rio Brilhante, vai começar vendendo 12 mw para chegar em 2013 a 59 MW; a de Angélica, disponibilizará 150 mw e a São Fernando de Dourados, 180 mw com previsão de chegar em três anos a 350 mw. Em todo o País, só 33 projetos conseguiram habilitação junto a Empresa de Pesquisa Energética. As usinas vão receber R$ 154,25 pelo quilowatt/hora.
Entre as usinas que estão vendendo o seu excedente de energia a LDC Bioenergia de Rio Brilhante exporta 40 MWh, com previsão de atingir 60 MWh em dois anos, enquanto a Usina Pasatempo (do mesmo grupo) também deve aumentar sua potência instalada para 60 MWh.
A ETH Bionergia, empresa do grupo Odebrecht em sociedade com a Sojitz Corporation Trading multinacional que atua na comercialização de commodities, está apostando neste negócio. A empresa quer aumentar de 12 MW para 130 MW a capacidade de produção das suas duas usinas em funcionamento no Estado (em Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante) e uma terceira também em Nova Alvorada.
No mês de março, o governador assinou um protocolo de intenções com o Governo Federal e o Governo do Paraná para a realização de estudos de viabilidade de implantação do alcoolduto que cortará o estado rumo ao Porto de Paranaguá, com uma extensão de 920 km.
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