A polícia iraquiana afirmou nesta sexta-feira que o número de mortes nos ataques a bomba e morteiros na véspera em Bagdá já passam de 200. Além disso, ao menos 250 pessoas ficaram feridas na mais mortífera onda de ataques em Bagdá desde a invasão militar liderada pelos Estados Unidos, em 2003. Um toque de recolher por tempo indeterminado foi imposto na capital na noite de quinta-feira como resposta aos ataques, no bairro xiita de Cidade Sadr.
Nesta sexta-feira, um novo ataque com carro-bomba, na cidade de Tal Afar, a 420 quilômetros a noroeste da capital, deixou pelo menos 22 mortos e 26 feridos, segundo a polícia. As ruas da maior parte da capital amanheceram vazias nesta sexta-feira.
Apenas em Cidade Sadr havia movimentação nas ruas, com centenas de pessoas acompanhando os cortejos fúnebres das vítimas dos atentados. Muitos acompanhavam à pé veículos que levavam os caixões até a cidade sagrada de Najaf, onde os corpos seriam enterrados. Policiais foram deslocados para proteger os cortejos.
"Práticas sectárias"
O aeroporto da capital foi fechado, e o primeiro-ministro Nouri Maliki pediu calma à população. “Nós condenamos as práticas sectárias que visam destruir a unidade da nação”, disse Maliki num pronunciamento à TV. Alguns episódios de violência em áreas sunitas foram registrados em resposta aos ataques. Mas em uma demonstração de unidade, políticos xiitas, sunitas e curdos apareceram juntos em uma entrevista coletiva para pedir calma.
O toque de recolher por tempo indeterminado foi imposto na noite de quinta-feira. Segundo as autoridades, os 7 milhões de habitantes de Bagdá e todos os veículos devem permanecer fora das ruas da cidade até segunda ordem. O aeroporto e o porto marítimo de Basra, ao sul do país, também foram fechados.
Terra Redação
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