A colheita da soja 2004/05 está encerrada na Argentina, com uma produção estimada em 31,80 milhões de toneladas, resultado cerca de 3,47 milhões de toneladas a menos que o atingido na safra anterior, de 35,27 milhões de toneladas, o que equivale a uma quebra de 9,8%.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a persistência do clima seco e forte calor durante o verão afetou sensivelmente a produtividade da primeira planta, mas acarretaram maiores danos nas lavouras de segunda planta.

Estima-se que a seca tenha acarretado uma perda de pelos menos 5,2 milhões de toneladas de soja, já que as projeções iniciais apontavam para uma produção de 37 milhões de toneladas, colhidas em 14,4 milhões de hectares semeados.

A produtividade média nacional sofreu uma queda de 20,5% frente ao anotado na temporada anterior, caindo de 2.780 kg por hectare, ou algo próximo a 46,3 sacas, para 2.210 kg por hectare (36,8 sacas).

Vale destacar que este resultado mostra novamente uma grande majoração nas projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que em seu último relatório publicado no dia 11 de junho projetou a safra da Argentina em 34 milhões de toneladas.

Ao preço médio anotado em junho em Rosário, de 572,96 pesos por tonelada, chega-se a conclusão que os produtores argentinos perderam na atual safra algo em torno de 2,98 bilhões de pesos, ou algo em torno de 1 bilhão de dólares (1 dólar = 2,96 pesos – média de junho registrada pelo Banco Central da República Argentina).