Na semana marcada pela morte do menino Thiago, que teve 60 % do corpo queimado ao brincar com álcool líquido, médicos da Santa Casa de Campo Grande fazem alerta sobre a importância da prevenção e dos primeiros cuidados em caso de queimaduras.
De acordo com a médica Marialda Pedreira, chefe do serviço de Cirurgia Plástica do hospital, os acidentes domésticos vitimando crianças continuam sendo a grande causa das internações no setor de queimados. Hoje há sete vítimas de queimaduras internadas na Santa Casa, sendo quatro crianças e três adultos.
“Nós registramos aqui uma média de 20 a 30 atendimentos por mês, mas já houve períodos com muito mais casos, como no mês passado, quando tivemos 27 internações, todas de pessoas que se queimaram ao fazer bife na chapa”, conta a médica, explicando que essas queimaduras aconteceram também por causa do álcool: “A pessoa não vê que ainda há fogo no recipiente sob a chapa e joga mais álcool, o que acaba provocando o acidente”.
Ainda de acordo com a médica, os acidentes domésticos envolvendo álcool e vitimando crianças estão entre os mais comuns. “Mas são corriqueiros também a queimadura por água quente e as mãozinhas na porta do forno, que é uma queimadura bem complicada”, conta.
Cuidados - Marialda lembrou também que crianças e idosos são mais suscetíveis às complicações geradas pelo quadro de queimadura, e alertou para a importância dos primeiros cuidados: “A primeira coisa a fazer é lavar a área queimada com água em abundância, em seguida procurar o hospital. Se for uma queimadura pequena, pode-se no máximo aplicar um pouco de vaselina líquida, mas não pomadas, medicamentos ou aqueles tratamentos caseiros, como aplicar pasta de dente, que eram mais comuns antigamente. Quanto menos se fizer em casa, melhor”.
Rafael - Jogar muita água foi a primeira providência da mãe de Rafael, 4 anos, internado desde segunda-feira (16) com queimaduras de terceiro grau no rosto, e que recebeu alta nesta sexta-feira (20).
De acordo com a mãe, Bruna Araújo Pereira, de 23 anos, o acidente aconteceu porque Rafael pegou um frasco de álcool líquido e um isqueiro, e acendeu o fogo na boca do frasco. “Eu estava guardando roupa e ouvi o barulho dele subindo na estante, mas quando cheguei pra ver, já ouvi o grito e vi o fogo”, conta.
A família mora no bairro Estrela Parque, em Campo Grande, e, de acordo com Bruna, Rafael continuará sob acompanhamento médico, já com retorno marcado para avaliar a indicação de cirurgia plástica. “Ele ainda sente dor, e está tendo febre, mas vai ficar bem”, confia a mãe.
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