Depois da reunião com o procurador da República Emerson Kalif, por volta do meio meio dia desta segunda-feira, os índios terena decidiram liberar o trânsito de veículos nos trechos da BR-163, na saída de Campo Grande para Cuiabá, e da BR 262, perto de Miranda, estradas fechadas por troncos de árvores, pneus e tratores desde as 5h30 desta manhã.
Segundo os índios, eles protestaram devido à morosidade nos processos judiciais que preveem a demarcação de terras indígenas, uma delas em Sidrolândia..
Após seis horas de bloqueio os índios concordaram em parar o manifesto, mas impuseram uma condição ao procurador.Dois porta-vozes dos índios terena, o cacique Argeu Agnaldo e Vinícius Jorge, presidente do Cedin (Conselho Estadual dos Direitos Indígenas) seguiram com o procurador até a sede do MPF (Ministério Público Federal), em Campo Grande.
Lá, eles devem enviar um fax para o TRF (Tribunal Regional Federal), 3ª Região, em São Paulo, solicitando agilidade num processo de demarcação de terra indígena na região Sidrolândia, emperrado desde 2000, segundo os lideres.
A área em questão é habitada por ao menos 4 mil índios, mede 2,4 mil hectares e, dependendo do desfecho judicial, seria crescida para 15 mil hectares. Embora parado desde 2000, a briga dos índios por esta terra teve início na década 30, segundo cálculos dos líderes indígenas.
Logo depois de encaminhar o documento para a corte em SP, o procurador e as duas lideranças retornam para o local do protesto para dar a notícia aos índios. Enquanto isso, os terena aguardam a comitiva no acostamento da estrada. O mesmo acontece em Miranda, onde outro grupo indígena também bloqueou a estrada.
O trânsito já flui normalmente nas BRs. De acordo com os policiais que acompanharam o ato, a fila de caminhões bloqueados mediu cerca de nove quilômetros. Protesto igual e pelo mesmo motivo ocorreu em 2007, quando os índios fecharam a estrada por três horas.
Alessandra de Souza |
Os índios sairam de Sidrolândia e fecharam a estrada que liga MS a MT; manifestou durou 6 horas |
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