O governador André Puccinelli (PMDB) e os 24 deputados estaduais devem se reunir com a Enersul ( Empresa Energética de Mato Grosso do Sull) na segunda-feira, para sensibilizá-la a não repassar aos 690 consumidores, distribuídos em 73 municípios, o reajuste na tarifa de energia. O percentual será anunciado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na próxima terça-feira. A concessionária solicitou 21%.
De acordo com o deputado estadual Júnior Mochi (PMDB), o objetivo é convencer a empresa a suspender o reajuste até o levantamento, dos deputados e do Governo estadual, junto com a Aneel, da composição da tarifa de energia. Os deputados e o governador vão alegar que não dá mais para conceder novo reajuste porque a tarifa já é a mais cara do País e a 6ª maior do mundo.
"Queremos índice zero de aumento", afirmou o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB). Ele criticou a empresa, que havia dito aos deputados que não solicitou reajuste, mas acabou protocolando o pedido de 21%. "A empresa agiu de má fé", frisou Rinaldo.
CPI - Em última instância, os deputados estaduais são unânimes em defender a abertura de nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o motivo da tarifa sul-mato-grossense ser a mais cara do País. O pedido sofrerá alteração, em relação ao feito no ano passado, que resultou na comissão suspensa por liminar do Tribunal de Justiça.
De acordo com Rinaldo e Júnior Mochi, a CPI da Enersul, criada no ano passado, teria o objetivo de fiscalizar a concessionária, competência da Aneel. A nova proposta, que deverá ser aprovada, será para investigar a Empresa Energética.
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