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Brasil

Alagoas confirma três tipos diferentes de superbactéria em hospital

20 Abr 2011 - 17h19Por Uol

A maior emergência pública de Alagoas, o HGE (Hospital Geral do Estado), confirmou que oito pacientes estão contaminados com a superbactéria Acinectobater baumannii e isolados na unidade, localizada em Maceió. Além desses casos, a assessoria de imprensa do hospital confirmou ao UOL Ciência e Saúde, que outros quatro pacientes estão internados com outras duas bactérias também multiresistentes: Estafilococos e Pseudomonas aeruginosa.

A bactéria já matou oito pessoas no Hospital Universitário, que precisou fechar a maternidade e UTI neonatal por 21 dias (entre 30 de março e 19 de abril) após o surto.

Segundo o HGE, o primeiro caso de paciente infectado com a Acinectobater Baumannii foi confirmado ainda em julho de 2010. “Das 349 pessoas que estão internas no HGE, apenas oito estão com a bactéria multirresistente e se encontram isoladas e em tratamento”, informou o hospital nesta terça (19), sem informar quantas mortes foram registradas no HGE por conta de superbactérias em 2011. Um dos infectados está isolado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Por conta da infecção com superbactérias, várias enfermarias do HGE estão fechadas exclusivamente para tratamento de pacientes contaminados, o que gera superlotação e medo aos demais internos da unidade. “A gente só ouve as pessoas falarem aqui que é a bactéria cinco, que a UTI está contaminada, que ela é muito perigosa. Todos estão com medo, pois não tem como se defender”, disse uma esposa de paciente, que pediu para não ter o nome revelado.

O HGE informou que todos os pacientes da unidade estão sendo acompanhados de perto e que os demais pacientes estão em segurança. Segundo o diretor do hospital, Carlos Alberto Gomes, logo após perceber a primeira contaminação foi elaborado um manual, com base nas normas técnicas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para o controle de bactérias multirresistentes. “Pelo manual de Investigação e Controle de bactérias da Anvisa, nenhuma unidade hospitalar poderá se recusar a atender os pacientes transferidos que comprovadamente são infectados ou colonizados”, disse , em nota.

A Vigilância Sanitária Estadual informou que, a partir da próxima semana, será feita uma nova inspeção no HGE e em todas as unidades particulares de Maceió para saber se a superbactéria está presente nos hospitais. “Vamos fazer uma varredura em todas as unidades hospitalares. Seremos rigorosos para sabermos se há cumprimento das normas de controle de infecção”, disse Paulo Bezerra, diretor da Vigilância Sanitária Estadual.

Médica diz que não há motivo para pânico

Apesar das infecções, a presidente da Comissão Estadual de Controle de Infecção de Serviços de Saúde, Cássia Sales, assegurou que não há motivo para pânico da população e não há situação fora de controle no Estado. “O HGE recebe muita gente que vem do interior, e não podemos atribuir culpas. Seria um crime deixar de receber esses pacientes. O que tem que fazer, quando se há contaminação, é adaptar o hospital e fazer o isolamento. Não é nada apavorante, o pessoal do hospital é treinado e sabe lidar com isso”, assegurou.

A enfermeira e mestre em Ciências da Saúde e infectologia, Aracele Cavalcanti, afirma que o número de contaminação tem relação direta com os hábitos de higiene dos profissionais da unidade. “O mais importante, quando se confirmam casos, é evitar que a bactéria seja transferida para outros pacientes. Para isso é preciso um isolamento de contato, com higienização das mãos, utilização de luvas e avental no contato íntimo com esses pacientes. É preciso ter cuidado com os acessórios desse pessoa também, que deve termômetro e tensiômetro próprios. O ideal também é deixar um funcionário em enfermagem próprio”, explicou.

Segundo ela, as três bactérias encontradas no HGE, quando adquirem perfil de superresistência, têm índice de letalidade e efeito similar à KPC - que causou medo após uma série de mortes constatadas em vários Estados do país.

“O problema é quando essas bactérias passam a ter um perfil de resistência alto e elas podem gerar surtos. Quando um paciente está com infecção causada por ela, reduz a chance de tratamento. Ao invés de 20 remédios, passamos a ter dois antibióticos. Como tem menos opção, o risco de morrer, consequentemente , é maior”, disse Cavalcanti.
 

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