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Brasil

Aids aumenta entre negros e pardos, diz Ministério

30 Nov 2004 - 13h29
 

Pela primeira vez, o boletim epidemiológico de Aids do Ministério da Saúde traz informações sobre a doença, segundo cor e raça, revelando que a epidemia vem crescendo entre a população negra e parda. O levantamento aponta ainda que há uma tendência de estabilização da doença entre os brancos.

De acordo com o boletim, a população branca continua sendo o maior grupo de infectados (51,35%). Negros e pardos somam 33,44% do total de casos, e os índios, apenas 0,17%.

"Essa tendência de aumento (entre negros e pardos) também está associada à transmissão heterossexual e à condição de escolaridade", acrescentou o diretor do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer.

O boletim revela que, em 2003, 32.247 pessoas foram infectadas pelo HIV. Apenas nos primeiros seis meses de 2004, quase 14 mil novos casos foram notificados. Apesar de ainda se manterem em um patamar elevado, os dados indicam que a epidemia de Aids está em processo de estabilização.

Pedro Chequer disse que, apesar da redução de casos em alguns grupos, como usuários de drogas e homossexuais, ainda não se pode falar em controle da doença.

Homens e mulheres
Segundo o ministério da Saúde, os números da Aids entre homens demonstram a tendência de estabilização da doença. Em 1998, foram notificados 21.056 casos, contra 19.648 em 2003. Até junho deste ano, o registro é de 8.306 casos. Essa estabilização pode ser vista principalmente na categoria de exposição homo/bissexuais.

A porcentagem de casos entre homens que fazem sexo com homens, que era de 30% em 1998, caiu para 25% em 2004. Já entre os homens da categoria heterossexual, o índice tem crescido. Nesse mesmo período, foi observado um aumento de 30% para 42%.

Entre as mulheres, por outro lado, o número de casos é o maior desde o início da epidemia. Enquanto em 1998 havia 10.566 registros, em 2003 esse número chegou a 12.599. Até junho de 2004, mais 5.538 casos já tinham sido notificados. A proporção entre homens e mulheres, que era de 16 casos em homens para cada mulher, no começo dos anos 80, atualmente é de dois para um. Esses números demonstram a importância da mobilização do Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado em 1º de dezembro, que tem como tema este ano "Mulheres, meninas, HIV e Aids".

Entre os usuários de drogas injetáveis, o número de casos de Aids vem mantendo a tendência de queda observada nos últimos anos. A porcentagem de casos nessa categoria de exposição, que era de 27% em 1994 (no sexo masculino), desceu para 13% em 2004. Entre as mulheres da mesma categoria, o índice de uma década atrás era de 17%. Hoje, é de apenas 4,3%.

Já a taxa de mortalidade aponta para um quadro de estabilidade, nos últimos anos. No público masculino, o índice registrado em 2003 é o mesmo de 2001 - 8,8 mortes a cada grupo de 100 mil homens. Entre as mulheres, houve um discreto aumento: em 2001, foram 3,9 óbitos por 100 mil mulheres; em 2003, o total registrado foi de 4 mortes a cada 100 mil mulheres.

 

 

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