O setor de agricultura orgânica vem registrando crescimento no Brasil mas ainda enfrenta dificuldades que mantém altos os preços dos produtos, o que acaba retardando a popularização dos orgânicos no país. A técnica da Embrapa Maria Cristina Neves disse que um dos fatores que impedem o acesso maior ao consumidor é a falta de logística para a distribuição dos produtos.
“Cada um transporta o seu. Um vende para hotel, o outro para hortifruti, para restaurante, então, o custo de fazer todo esse transporte é muito alto e acaba incorporando nos preços dos produtos”, disse Cristina Neves, reconhecendo, no entanto, as políticas públicas desenvolvidas pelos governo federal e estaduais para promover o desenvolvimento do setor.
A técnica ressaltou também a importância da participação das prefeituras para facilitar o transporte. “As prefeituras podiam fazer algum esquema de organizar esse transporte por região. O valor da certificação influi no preço dos produtos, mas a falta de logística é pior”, explicou.
O ator Marcos Palmeira, dono de uma fazenda de produção de orgânicos no Rio de Janeiro, concorda com a dificuldade nos transportes, mas defendeu ainda mais a união dos produtores. Citou também as dificuldades dos produtores relacionadas com a distribuição e comercialização - o produtor tem que ir à luta para vender o seu produto.
Para popularizar o produto o ator-produtor sugeriu que no próximo ano a BioFach seja mais aberta ao público. “A própria BioFach precisa se repensar e levar isso para uma praça, para que as pessoas da rua possam entrar e ver os produtos", disse Palmeira.
A diretora da Organização Planeta Orgânico, Maria Beatriz Costa, que coordenou a BioFach América Latina 2004, acredita que os preços vão baixar na hora que aumentar a escala de produção e isso pode acontecer se forem efetivados os apoios de políticas públicas que agora estão começando, com a diminuição de impostos que incidem sobre o setor. “Tirar o imposto da produção orgânica, dar uma categoria diferenciada na hora de cobrar o ICMS e, sobretudo, aumentando os canais alternativos de venda em feiras e lojas pequenas, o consumidor vai ter opções e os supermercados vão ter que baixar os preços para poder se igualar com os preços oferecidos em outros canais de distribuição”, acrescentou a diretora.
Em sua avaliação, o fato de na abertura da BioFach estarem na mesa dois ministros e uma governadora mostra o quão comprometidas as políticas públicas estão com este setor. “Acho que os discursos dos ministros Miguel Rossetto e Roberto Rodrigues e da governadora Rosinha Matheus foram quase que cartas de compromisso com o setor orgânico. Então, acho que a tendência é só crescer. Acho que a declaração do ministro da Embaixada da Alemanha dizendo que o Brasil está conseguindo marcar espaço na questão da legislação mostra que o cenário internacional está de olho na produção orgânica brasileira. É um reconhecimento do esforço que está acontecendo aqui. Com certeza por serem produtos do Brasil e de agricultura familiar terão valor agregado na hora de exportar”, disse.
“Cada um transporta o seu. Um vende para hotel, o outro para hortifruti, para restaurante, então, o custo de fazer todo esse transporte é muito alto e acaba incorporando nos preços dos produtos”, disse Cristina Neves, reconhecendo, no entanto, as políticas públicas desenvolvidas pelos governo federal e estaduais para promover o desenvolvimento do setor.
A técnica ressaltou também a importância da participação das prefeituras para facilitar o transporte. “As prefeituras podiam fazer algum esquema de organizar esse transporte por região. O valor da certificação influi no preço dos produtos, mas a falta de logística é pior”, explicou.
O ator Marcos Palmeira, dono de uma fazenda de produção de orgânicos no Rio de Janeiro, concorda com a dificuldade nos transportes, mas defendeu ainda mais a união dos produtores. Citou também as dificuldades dos produtores relacionadas com a distribuição e comercialização - o produtor tem que ir à luta para vender o seu produto.
Para popularizar o produto o ator-produtor sugeriu que no próximo ano a BioFach seja mais aberta ao público. “A própria BioFach precisa se repensar e levar isso para uma praça, para que as pessoas da rua possam entrar e ver os produtos", disse Palmeira.
A diretora da Organização Planeta Orgânico, Maria Beatriz Costa, que coordenou a BioFach América Latina 2004, acredita que os preços vão baixar na hora que aumentar a escala de produção e isso pode acontecer se forem efetivados os apoios de políticas públicas que agora estão começando, com a diminuição de impostos que incidem sobre o setor. “Tirar o imposto da produção orgânica, dar uma categoria diferenciada na hora de cobrar o ICMS e, sobretudo, aumentando os canais alternativos de venda em feiras e lojas pequenas, o consumidor vai ter opções e os supermercados vão ter que baixar os preços para poder se igualar com os preços oferecidos em outros canais de distribuição”, acrescentou a diretora.
Em sua avaliação, o fato de na abertura da BioFach estarem na mesa dois ministros e uma governadora mostra o quão comprometidas as políticas públicas estão com este setor. “Acho que os discursos dos ministros Miguel Rossetto e Roberto Rodrigues e da governadora Rosinha Matheus foram quase que cartas de compromisso com o setor orgânico. Então, acho que a tendência é só crescer. Acho que a declaração do ministro da Embaixada da Alemanha dizendo que o Brasil está conseguindo marcar espaço na questão da legislação mostra que o cenário internacional está de olho na produção orgânica brasileira. É um reconhecimento do esforço que está acontecendo aqui. Com certeza por serem produtos do Brasil e de agricultura familiar terão valor agregado na hora de exportar”, disse.
Agência Brasil
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