O segundo julgamento de Roberta Sandreli Rolim, acusada de envolvimento na morte da menina Marielma de Jesus Sampaio, de 11 anos, começou na manhã desta quinta-feira (14) em Belém (PA). É a segunda vez que Roberta enfrenta o júri. Ela já foi condenada a 38 anos de prisão em regime fechado no ano passado, mas teve direito a novo julgamento porque a pena ultrapassou 20 anos.
Segundo o processo, Roberta e o marido Ronivaldo Guimarães mataram Marielma, que trabalhava como babá na casa deles. O crime ocorreu em novembro de 2005. A acusação diz que Guimarães teria atacado a criança com um banco de madeira. Roberta o teria auxiliado no crime e, inicialmente, assumiu a autoria do delito. Mas depois ela disse que o marido foi o único autor do assassinato.
Guimarães já foi condenado a 52 anos de prisão. O primeiro jugamento ocorreu em 2006. Em maio deste ano, ele passou por novo júri e a pena foi confirmada.
O crime teve repercussão internacional e foi denunciado na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Marielma era filha de lavradores e foi entregue pela mãe ao casal, para estudar e trabalhar de babá. Em troca do trabalho, a família receberia, mensalmente, uma cesta de alimentos.
O laudo sobre as causas da morte da menina aponta que ela teve fraturas no crânio, nas costelas, pulmões perfurados, ruptura do baço e dos rins, queimaduras e marcas de choque elétrico. Os exames também comprovaram que a babá foi vítima de abuso sexual.
O promotor de Justiça Paulo Guilherme Godinho vai sustentar a tese do homicídio quadruplamente qualificado. Godinho está à frente da acusação desde o oferecimento da denúncia e participou do primeiro julgamento de Roberta, realizado em 11 de agosto de 2006.
O representante do Ministério Público deve atuar em conjunto com advogados de entidades de defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Direitos Humanos que acompanham o caso.
O advogado Dorivaldo Belém defende a ré. Caso mantenha a mesma tese do júri anterior, o defensor vai sustentar a inocência da cliente e tentar convencer os sete jurados de que a mulher era também vítima do marido. De acordo com a tese do advogado, Roberta não denunciou o marido por temer pela própria segurança e da filha.
G1
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