O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou nesta segunda-feira uma série de mobilizações no chamado Abril Vermelho, mês em que se intensificam as ações do movimento. Em Brasília, o alvo foi a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em São Paulo, uma fazenda foi invadida na região do Pontal do Paranapanema, além de sedes do Incra e do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Em Salvador, uma marcha de sem-terra chegou pela manhã à capital e deve promover manifestações em frente à sede do governo.
Em Brasília, cerca de 200 pessoas ligadas ao MST ocuparam, por volta das 5h de hoje, dois andares do prédio do Incra, que fica ao lado da Esplanada dos Ministérios. A Polícia Militar tentou entrar em contato com os sem-terra para negociar a desocupação, mas eles não quiseram negociar. A a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MAPR) também estão no local.
Em Salvador, cerca de 5 mil sem-terra devem fazer uma manifestação em frente ao Centro Administrativo da Bahia. O grupo chegou hoje à capital baiana depois de uma caminhada de mais de 100 km que partiu de Feira de Santana.
De acordo com o MST, o protesto é contra a impunidade no campo e para pressionar o governo federal a apressar a Reforma Agrária. Amanhã, os sem-terra devem comparecer a uma sessão na Assembléia Legislativa da Bahia.
Em Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, os integrantes do movimento ocuparam a Fazenda São Luis. Duas viaturas da Polícia Militar foram para a porteira da fazenda, mas foram impedidas pelos manifestantes de entrar na área ocupada. Os sem terra cortaram cana-de-açúcar e fizeram uma barricada na entrada da propriedade.
Nas cidades de Teodoro Sampaio, Rosana e Primavera, os sem-terra invadiram os prédios das sedes do Itesp e Incra.
O MST promete intensificar as ações do chamado Abril Vermelho principalmente na região do Pontal do Paranapanema. A intenção é de relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás e outras situações contrárias ao movimento.
De acordo com o coordenador do movimento na região, Valmir Ulisses Sebastião, a intenção é reunir mais de 1,8 mil pessoas nas mobilizações que devem ocorrer durante toda essa semana.
O MST exige que o governo federal faça um "mutirão" de todos órgãos públicos pela Reforma Agrária, para assentar as 150 mil famílias acampadas pelo País.
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