O Papa Francisco embarcou nesta quarta-feira em Roma com destino à Colômbia para uma visita de cinco dias, que inclui as cidades de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena.
O avião com o pontífice, um Airbus A330 da companhia Alitalia, decolou do aeroporto romano de Fiumicino pouco depois das 11H00 locais (6h00 de Brasília) e deve pousar no aeroporto internacional El Dorado de Bogotá às 16H30 locais (18h30 de Brasília).
O Vaticano informou que o plano de voo foi modificado em consequência do furacão Irma, sem revelar se isto afetará o horário da chegada à capital colombiana.
O pontífice argentino, de 80 anos, iniciou a sua 20ª viagem internacional e a quinta para a América Latina.
Francisco será recebido pelo presidente Juan Manuel Santos e várias autoridades do país e da igreja colombiana.
Francisco dormirá todas as noites na sede da nunciatura apostólica de Bogotá. A partir deste local seguirá a cada dia para diferentes cidades.
As autoridades do Vaticano calculam que 700.000 pessoas devem saudar o papa em sua chegada à capital colombiana, ao longo do percurso de 15 quilômetros entre o aeroporto e a nunciatura.
Na segunda-feira, o papa Francisco enviou aos colombianos uma mensagem em vídeo na qual afirmou que viaja ao país como “peregrino de esperança e paz”.
“Querido povo da Colômbia, dentro de poucos dias visitarei o vosso país. Irei como peregrino de esperae paz”, anunciou o pontífice dois dias antes da visita para impulsionar a reconciliação.
Na mensagem, o pontífice argentino reconhece “a constância em busca da paz e da harmonia” do povo colombiano e assegura que a paz que a Colômbia “quer há muito tempo e trabalha para consegui-la” dever ser “estável, duradoura, para nos vermos e nos tratarmos como irmãos, nunca como inimigos”.
Francisco explica que escolheu como lema da viagem “Demos o primeiro passo” porque “nos recorda que sempre é necessário dar um primeiro passo para qualquer atividade e projeto. Também nos empurra a ser os primeiros a amar, para criar pontes, para criar fraternidade”.
Também disse se sentir “honrado de visitar essa terra rica de história, de cultura, de fé, de homens e mulheres que trabalharam com afinco e constância para que seja um local onde reine a harmonia e a fraternidade […] onde dizer irmão e irmã não seja algo estranho, mas um verdadeiro tesouro a proteger e defender”.
Durante a sua estadia, até 10 de setembro, Francisco visitará quatro cidades, presidirá quatro missas para multidões, pronunciará 12 discursos e, sobretudo, se reunirá com vítimas e atores do conflito interno.
Francisco chega ao país em um momento particularmente positivo depois que a última guerrilha ativa do país, o ELN, anunciou um cessar-fogo temporário.
O papa respaldou sem hesitação as negociações que permitiram o desarmamento de 7.000 combatentes e a transformação da guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em partido político.
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