Cientistas encontraram um jeito de transformar mosquitos fêmeas em machos. A importância disso é que aqueles que picam (e servem como vetores para doenças, como a dengue) são as fêmeas, que procuram por sangue para desenvolver seus ovos.
A pesquisa foi feita nos Estados Unidos, na Virginia Tech. O interessante é que os testes foram feitos usando os mosquitos Aedes aegypti – vetores da dengue e das febres chikungunya e zika, que são grandes problemas de saúde pública no Brasil.
Na pesquisa, os cientistas descobriram o gene que faz com que os mosquitos sejam machos. O gene foi chamado de Nix. Há décadas, a comunidade científica sabia que o sexo era definido por um gene, nos mosquitos, mas ninguém havia sido capaz de encontrar esse gene até hoje.
Ao injetar o gene Nix em embriões de mosquitos fêmeas, 2/3 deles se transformaram em machos. Outros resultaram em mutações genéticas, misturando atributos femininos e masculinos. Retirar o gene Nix de embriões de machos, por outro lado, transformava os mosquitos em fêmeas.
Aedes aegypti: apenas as fêmeas são vetores na transmissão de doenças
A descoberta é importante no desenvolvimento de estratégias para o controle da disseminação de doenças, como a dengue ou a febre chikungunya.
“Nós ainda não chegamos lá, mas o objetivo final é estabelecer linhas transgênicas que expressem o Nix em fêmeas genéticas, transformando-as em machos inofensivos”, disse Zach Adelman, um dos membros do estudo em um comunicado.
A diminuição de mosquitos Aedes aegypti não deve ser um problema para o meio ambiente, de acordo com Brantley Hall, outro membro do estudo. O mosquito é originário da África e se espalhou ao redor do mundo no século XVIII.
A questão da dengue também tem gerado pesquisas na área no Brasil.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar