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DOURADOS - SAÚDE

MPE aponta negligência no atendimento de idoso que morreu em Hospital da Vida em Dourados

Relatório assinado pelo promotor de justiça Etéocles Brito Mendonça Dias Junior

5 Fev 2016 - 07h35Por Campo Grande News

Relatório assinado pelo promotor de justiça Etéocles Brito Mendonça Dias Junior titular da 10º Promotoria de Proteção ao Consumidor, Direitos do Cidadão, Saúde e Cidadania do MPE (Ministério Público Estadual) aponta negligência no atendimento a um idoso de 80 anos que morreu em janeiro deste ano no Hospital da Vida, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande.

O documento produzido com base na denúncia dos familiares da vítima, cita que, no dia 31 de dezembro, Elio Barbosa da Fonseca, sofreu uma queda em sua residência e foi encaminhado para o Hospital da Visa por uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) após ser constatado que o mesmo estava aparentemente com fraturas no braço e perna.

Pela situação do idoso, ele precisaria passar por cirurgia no fêmur e no braço, mas os trâmites para que esses procedimentos ocorressem não se desenrolaram como deveriam, o que levou o MPE a investigar os atos de negligência que datam do período de 31 de dezembro de 2015 a 23 de janeiro de 2016.

Consta no documento que o paciente passaria por uma avaliação no dia 04 de janeiro e dois dias depois, ou seja, no dia 06 do mesmo mês, seria realizada a cirurgia no fêmur. Indagado por familiares sobre a necessidade de procedimento também ser feito no braço, o médico apenas disse que no momento cirurgia, com o paciente anestesiado, seria feito o procedimento para colocar o braço no lugar.

No dia 05 de janeiro, um dia depois de passar pela avaliação, o paciente e sua acompanhante, foram informados pela técnica de enfermagem de plantão que Elio ficaria em jejum, não podendo alimentar-se a partir das 22h, para realização da cirurgia no dia seguinte. Neste mesmo dia, no período da manhã, foi administrado no paciente um supositório para que o mesmo evacuasse para a realização do procedimento cirúrgico no dia seguinte.

No dia seguinte, dia 06, ele foi levado ao centro cirúrgico, mas retornou ao quarto sem realizar a cirurgia no braço e na perna, mesmo após receber anestesia. A informação da equipe é de que ele teria evacuado no centro cirúrgico e não teria como realizar o procedimento naquele momento.

A equipe do hospital informou que ele passaria por uma nova avaliação no dia 11 de janeiro para a realização do procedimento cirúrgico que seria realizada desta vez no dia 13.

No referido dia, o paciente foi novamente levado ao centro cirúrgico e retornou horas depois ao quarto tendo realizado somente a cirurgia no fêmur. No mesmo dia, o médico responsável afirmou que ele passaria por avaliação de especialista no dia 18 para verificar a situação do braço.

Somente no dia 23, inconformada com a demora no atendimento e diante da piora do paciente, a esposa solicitou que o especialista fosse até o quarto verificar a situação do paciente, tendo em vista que ele apresentava inchaço no braço e reclamava de dores. No entanto, em conversa com os famílias, o médico ortopedista disse que paciente poderia ser operado somente no dia 25 de janeiro.

Para o MPE, o idoso ficou 23 dias sem nenhuma informação e orientação do profissional responsável a respeito dos procedimentos ambulatoriais necessários para a recuperação da fratura do braço, que no caso estava visível a péssima aparência física no qual se encontrava o braço do paciente.

"E revoltante, a família receber do profissional ortopedista (Giovani Camilo), um documento de alta do paciente, sem nem mesmo ele ter avaliado o braço do mesmo", diz trecho do documento.

Além disso, segundo acompanhantes do paciente, foram encontradas irregularidades em procedimentos como uso de luvas, balde de banho, desprezo da urina, higienização do balde de banho, higienização da máscara de inalação e oxigênio e até mesmo na higienização do paciente, como banho e troca de fraudas.

O idoso não resistiu e morreu no dia 29 de janeiro de 2016. A família pediu a documentação do paciente e exames e, após o óbito, foram constatadas não uma, mas duas fraturas no úmero e também desvio de osso fraturado. Acredita-se que o paciente morreu por uma sucessão de erros cometidos pelo hospital.

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