O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Onevan de Matos (PSDB), ocupou a tribuna do Parlamento para questionar o não cumprimento do contrato licitatório e a paralisação das obras de duplicação da BR-163 pela empresa "CCR MS Vias".
Suspensão de Pedágios – Onevan de Matos fez um histórico sobre o processo de concessão da BR-163 no Estado, bem como as responsabilidades da empresa em duplicar os 845,2 quilômetros da rodovia, que atravessa todo o Mato Grosso do Sul – entre os municípios de Mundo Novo e Sonora.
"Não vamos ficar calados diante desta postura irresponsável que a empresa CCR MS Vias está impondo à população sul-mato-grossense. O mínimo que se espera, enquanto as obras estiverem paralisadas, é a imediata suspensão da cobrança de pedágios", requereu o deputado estadual.
Demissão – Outro ponto atacado pelo deputado estadual Onevan de Matos em sua manifestação é a demissão dos mais de 2 (dois) mil trabalhadores que atuavam nos canteiros de obras da empresa e que estarão desamparados.
"Temos um grave problema de infraestrutura e de não cumprimento de contrato de licitação, todavia, não podemos esquecer dos mais de 2 (mil) pais de família que estarão desempregados e amargarão severas dificuldades em razão da irresponsabilidade desta empresa", complementou Onevan.
Paralisação – A CCR MS Vias, empresa que venceu o processo licitatório para a concessão da BR-163 (Mato Grosso do Sul) por 30 (trinta) anos, anunciou na semana passada a paralisação das obras de duplicação da rodovia, supostamente em razão da crise nacional e da arrecadação de pedágios inferior à previsão inicial.
A empresa já anunciou que buscará rever o contrato de concessão firmado com o Governo Federal, incluindo a obtenção de maior prazo para a duplicação da rodovia (dos atuais 5 anos para os 30 anos de duração da concessão pública).
"Faz quase 3 anos que a rodovia foi concedida à empresa, que só duplicou pouco mais de 100 quilômetros, entretanto, tem cobrado regularmente os pedágios. Não podemos aceitar esta situação. Os tempos mudaram e a população de Mato Grosso do Sul não permitirá esta postura da empresa", finalizou Onevan de Matos.
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