BRASÍLIA - O PMDB fechou questão contra a denúncia sobre o presidente Michel Temer por unanimidade, disse nesta quarta-feira o presidente do partido e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), acrescentando que eventuais dissidentes serão punidos.
"Aqueles que não atuarem em consonância com o partido responderão ao Conselho de Ética (do PMDB) e o líder já tem a prerrogativa de suspender das funções partidárias por 90 dias, exatamente para que se cumpra efetivamente a decisão que o partido está tomando", disse Jucá a jornalistas, após reunião da Executiva do partido.
Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, mas o STF precisa de uma autorização da Câmara para analisar a acusação. São necessários os votos de 342 dos 513 deputados para a autorização ser aprovada.
Na segunda-feira, o relator da CCJ, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentou voto favorável à autorização para o STF analisar a denúncia que atinge o presidente.
A decisão do PMDB, partido de Temer, pode ser um importante impulso para outras siglas da base aliada tomarem o mesmo caminho. O PP também já fechou questão contra a denúncia.
Jucá ressaltou que os efeitos do fechamento de questão passam a valer a partir desta quarta-feira.
O líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB), lembrou que o fechamento de questão é inédita no partido.
"Eu acho que para tudo tem uma primeira vez e é fundamental que aquelas companheiros, sejam senadores ou deputados que ocupam posições em nome do partido, que sigam rigorosamente o nosso regulamento, o nosso estatuto e o nosso regimento."
(Reportagem de Cesar Raizer)
Reuters
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