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POLÍTICA

Em conversa gravada, Jucá afirma que o PT 'puxou o tapete' de Delcídio do Amaral

23 Mai 2016 - 17h40Por Dourados Agora

O ex-senador por Mato Grosso do Sul Delcídio do Amaral (sem partido) é citado na conversa entre o ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, divulgada nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo, na qual o ministro fala em um 'pacto' para estancar a 'sangria' da Operação Lava Jato, que incluiria a retirada de Dilma Rousseff do poder. Na conversa, gravada em março deste ano, antes portanto da abertura de processo contra Dilma, ocorrida em abril, Jucá e Machado avaliam que a prisão de Delcídio do Amaral foi uma 'cagada'. Romero completa avaliando que o Partido dos Trabalhadores 'puxou o tapete' do ex-senador.

A avaliação dos dois é que, com a autorização de prisões pelo STF (Supremo Tribunal Federal), como aconteceu com o senador petista, houve pressão por novos acordos de delação, que implicam mais políticos no escândalo da Lava Jato, que investiga a existência de um 'propinoduto' na Petrobras. Romero é alvo de quatro inquéritos no STF, o último deles aberto após Delcídio decidir contribuir com as investigações e contar o que sabia.

É Sérgio Machado, que presidiu uma das subsidiárias da Petrobras e é alvo da investigação, quem começa a falar do ex-senador petista. Para ele, houve “frouxidão” do Senado ao manter Delcídio preso, quando houve a votação na casa para autorizar ou não a decisão do STF.

Prisão questionada

Jucá, no diálogo atribuído aos dois pela Folha de S.Paulo, concorda, mas pondera que não havia outra forma. “Sim, pô, não adianta soltar o Delcidio, aí o PT dá uma manobra, tira o cara, diz que o cara é culpado, como é que você segura uma porra dentro do plenário?”

Machado volta a argumentar, afirmando que a prisão foi ilegal. “Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara... “, diz.

É aí que o ministro do Planejamento concorda e avalia que o PT abandonou Delcídio.. “Pô, pois então. Ali não teve jeito não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui [presidente da legenda], a imprensa toda, os caras não seguraram, não'.

Na sequência, vêem a avaliação de que a situação de Delcídio foi um erro. “Eu sei disso, foi uma cagada”, define o ex-presidente da Transpetro. Jucá concorda e amplia: “Foi uma cagada geral”.

Para o interlocutor do então senador peemedebista, o tropeço começa no STF e se estende, incentivando as delações. “Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não que não dá interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez ADIN, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações.” afirma.

A partir daí, os dois começam a falar que, com os acordões de delação, mais políticos podem ser envolvidos. “Não escapa pedra sobre pedra”, afirma Machado.

Na continuação, afirmam que o alvo das próximas investigações são Renan Calheiros, presidente do Senado, Eduardo Cunha, que foi afastado do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara, além da presidente Dilma.

A sequência da conversa, já divulgada exaustivamente, revela a intenção de uma ação política para evitar a ampliação das investigações da Lava Jato, negada por Romero Jucá em entrevista na manhã desta segunda-feira (23). Após mais essa bomba ser divulgada, a permanência dele no governo está indefinida.

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