Os representantes dos caminhoneiros anunciaram nesta quinta-feira (26), em Brasília, que nova paralisação está prevista para 23 de abril, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. O aviso foi dado durante encontro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com representantes do governo e os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS) e Blairo Maggi (PR-MT).
Nova reunião está marcada para 22 de abril, quando o governo federal dará resposta aos pleitos dos caminhoneiros. Entre os pedidos está a elaboração de tabela de preços mínimos do frete, redução da carga tributária sobre a folha de pagamento do setor, redução do pedágio, redução do preço do diesel e prorrogação das parcelas de financiamento de caminhões.
O senador Moka defende que o preço mínimo do frete cubra ao menos os custos dos transportadores. “Não é possível trabalhar com os preços atuais. O diesel aumentou muito, o pedágio sempre foi muito caro e ainda há a carga de impostos”, comentou o parlamentar, sob aplausos dos caminhoneiros, que lotaram o auditório da ANTT.
Moka ponderou dizendo que é possível que haja acordo entre governo e categoria. “Estamos justamente aqui para tentar fechar acordo, que evite novas paralisações”, declarou, entendendo que o governo deve se esforçar para atender às reivindicações dos motoristas.
Para Miguel Antônio Mendes, diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso, a principal reivindicação da classe diz respeito à tabela dos preços mínimos do frete. “Não adianta o governo atender os demais itens da pauta e deixar a tabela de fora. A tabela é que mais nos interessa por estarmos trabalhando sem margem de lucro. Sem ela, vamos parar novamente”, avisou.
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