Vídeos do sistema de segurança divulgados esta semana mostram a forma como ladrões brasileiros e bolivianos agiram durante o assalto a uma joalheria no dia 13 de julho, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde três assaltantes foram mortos, além de um policial e a gerente da joalheira, usados como escudo humano pelos bandidos durante confronto com a Polícia.
As imagens, levadas a público pelo jornal El Deber, estão em poder da Polícia e da Promotoria boliviana que ainda investigam o caso que chocou o país devido a ação violenta da quadrilha, que chegou a ser relacionada com o grupo criminoso brasileiro PCC (Primeiro Comando da Capital), cujo núcleo principal atua na cidade de São Paulo.
Os vídeos captados pelo sistema de segurança da própria joalheria apontam que a ação criminosa começou em plena manhã, às 09h20, quando dois homens renderam o guarda que estava na porta do estabelecimento. A ação ocorreu em meio à passagem de pedestres e pelo local. É possível avistar um senhor de camisa vermelha nas imagens.
Na sequência, o bando atira contra a porta de vidro e entra na joalheria. Na tentativa de fugir do local, um dos assaltantes usou o policial Dionisio Castro como escudo humano durante o tiroteio. O homem é manipulado por um dos bandidos que atira contra a força policial que se encontrava na rua.
O tiroteio segue e os demais assaltantes também tentam escapar com a mesma estratégia, usando pessoas que estavam na joalheria para se protegerem das balas. A troca de tiros se intensificaram e ocorreram as mortes de três brasileiros: Antonio Adão da Silva, que tinha sido detido por três anos e dois meses por tentativa de homicídio; Ronny Masalbi Suarez, vulgo “Macaco”, que tinha passagem na Polícia por roubo agravado; e Camilo Maldonado Pinto, morador de Corumbá e que foi até Santa Cruz para participar do assalto à joalheria.
Morreram também a gerente da joalheria Ana Lorena Tórrez e o policial Carlos Gutiérrez. O quarto assaltante, Erick Edwin Landívar, de nacionalidade boliviana, sobreviveu ao fogo cruzado e encontra-se no presídio de Palmasola, juntamente com Sandra Guzmán Vaca, apontada como cúmplice da quadrilha e esposa do assaltante brasileiro morto Antônio Adão da Silva, indicado pela polícia como líder do grupo. Ela nega participação no crime, porém permanece presa por determinação da Justiça Boliviana.
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