RIO - Paulo Sérgio Evangelista, de 32 anos, estava sob efeito de drogas quando matou enforcada a sobrinha Estela Evangelista de Oliveira, de 6 anos, e cometeu o crime porque a menina brigou com seu irmão mais novo. As informações foram divulgadas pelo delegado Bruno Cinielo, da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), em entrevista sobre o caso nesta sexta-feira.
- O relato é compatível com o laudo de necropsia. - afirmou Ciniello - Paulo disse que estava em casa com as duas crianças. A Estela teria brigado com o irmão mais novo. Paulo, que estaria consumindo drogas, perdeu a paciência e enforcou Estela, que morreu na hora. Como a menina gritou, o tio disse que colocou pedaços de tijolos na boca da criança. Paulo confessou que pegou a menina e a colocou na cama para que pensassem que ela estava dormindo. Pela manhã, no domingo, colocou-a em um saco e levou para o local onde o corpo foi encontrado.
- Ele não mostrou arrependimento. Apenas disse que destruiu a própria vida - disse Cinielo.
A mãe de Estela, Luciana José Evangelista, de 24 anos, não deve comparecer ao enterro da filha, que acontece às 14h, no Cemitério do Caju. Segundo Cinielo, a mulher está com medo de represálias.
Luciana, que está sendo ameaçada por bandidos do Morro dos Prazeres, sairá do Rio de Janeiro. Ela é a família estão sendo assistidos pela Secretaria estadual de Vitimização.
De acordo com o delegado, Luciana disse ter sido agredida por traficantes logo após o desaparecimento da filha. Cinielo afirmou ainda que Luciana foi submetida a exame de corpo de delito, que comprovou as lesões.
Após Paulo ter confessado o crime, a DH pediu sua prisão na madrugada desta sexta-feira, no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal do Rio apontou enforcamento como causa da morte de Estela. De acordo com o documento, não há sinais de que a menina tenha sido vítima de violência sexual.
O corpo de Estela foi encontrado na última quarta-feira, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, onde a família morava. Ela estava desaparecida desde a manhã de sábado, quando Paulo disse que a levaria à Praia do Flamengo e não retornou com a sobrinha. Os familiares reconheceram o corpo de Estela pelas roupas e um colar que ela estava usando no dia do desaparecimento. Segundo uma tia da menina, o corpo foi encontrado sob uma escada, próximo a algumas casas, a três minutos de distância da residência em que a família morava.
Paulo Sérgio foi localizado por após ser reconhecido por um morador de rua, que alertou aos agentes do Aterro Presente sobre o seu paradeiro.
- A primeira vez que eu vi o Paulo na rua foi na segunda-feira. Fiquei uns três dias com ele, que não queria aparecer muitos. A irmã dele passou pelo Aterro e mostrou a foto dele, alertando sobre o caso. Eu fiquei impressionado com a história, ainda mais porque o Paulo parecia não ter remorso nenhum. No tempo em que eu observei ele na rua, parecia uma pessoa normal. Comia e dormia normalmente. Achei muito estranho isso. Eu reconheci ele pela foto que a irmã mandou e por uma tatuagem que ele tem. Assim que percebi que era ele, fui atrás da polícia. Ele se mostrou um cara muito frio.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe de Estela vem sofrendo ameaças e, por isso, está sob proteção.
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