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ABUSO

Tentativa de estupro e onda de violência deixa mulheres em pânico na Capital

17 Mai 2017 - 08h33Por MÍDIA MAX

A rua Travessa Coelho Neto do Jardim Panamá, na região Oeste de Campo Grande, é endereço para aulas de direção e resumem bem a tranquilidade do lugar, mas a sensação de paz dos moradores da região para por aí. Na noite de ontem (15), uma jovem foi vítima de uma tentativa de estupro neste endereço, no caminho de volta para a casa. O episódio marca mais um capítulo da insegurança que a população enfrenta, e as história de assaltos e de medo são diversas.

Sinônimo de calmaria, a quadra onde o crime aconteceu tem dois terrenos baldios tomados pelo mato alto, e há pouca iluminação. A situação é semelhante em várias ruas do bairro. Neste cenário, os cuidados são redobrados especialmente pelas mulheres, que aos olhos dos criminosos são mais indefesas, alertou a dona de casa Telma Muniz, 57 anos. “Só saio de casa a pé se estiver de dia, e mesmo assim não passo perto desse terreno baldio. E isso é a vizinhança toda, ninguém aqui tem mais aquela tranquilidade para ficar na porta de casa. Não passa segurança”.

O terror vivido pela jovem começou por volta das 18 horas, após deixar a academia que frequenta na movimentada avenida Júlio de Castilhos, e mostra que a região vive dias de pavor. "Mal tinha caminhado 10 metros da saída do estacionamento quando percebi um rapaz caminhando atrás de mim, aparência normal: calça jeans, tênis, moletom. Jovem", contou. Em minutos, ela se tornou um mais uma vítima da violência.

“Ele se aproximou mais e me empurrou com toda a força em direção a um matagal, me jogou no chão, arrancou minha blusa, me puxou pelos cabelos. Eu só conseguia sentir medo, muito medo. Gritava e me debatia com toda a força. Mas ele era forte”, detalhou. A jovem só conseguiu escapar porque o criminoso desistiu e saiu correndo, o que ela atribui a “sorte”.

Depois da violência, ela aponta mais um problema: A impunidade. Segundo ela, as dificuldades em registrar uma simples queixa na delegacia de atendimento à mulher. A ocorrência foi registrada nesta terça-feira (16), após a ajuda de um familiar. O que sobra de tudo isso, é o choque de ter sido mais uma vítima, aponta. “Tem mato em todo o lado, não vê uma viatura da Polícia passando na rua. É um sentimento de revolta”.

A onda de violência mudou a rotina de quem mora no Jardim Panamá. A sensação de insegurança e o medo dos criminosos pegou tão de jeito os moradores, que até para ir ao mercado as mulheres deixam os celulares e pertences em casa. “Chama a atenção, então se preciso andar a pé por aqui, não levo nem celular”, conta a moradora Fátima Fialho, 61 anos.

“Eu estava voltando da feira com a minha filha e minha amiga, quando um homem em uma bicicleta nos rendeu com uma arma e entregamos o celular. Isso na rua de casa”, disse a servidora pública Célia Melo, 45, que há 30 anos mora naquele bairro. Na casa dela, as grades já estão por toda parte. Agora vem a cerca elétrica, já comuns nas casas do bairro. “E agora a gente não pode mais sair de casa. Tem que tomar cuidado até quando vai entrar dentro de casa. Campo Grande cresceu”, observa.

A Capital sul-mato-grossense registrou 5,7 mil furtos, 2,7 mil roubos e 137 estupros, crimes praticados entre janeiro e maio deste ano, conforme números divulgados pela estatística da Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança). O órgão informou que não divulga os índices de violência do bairro citado, mas não explicou o motivo.

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