Polícia diz que adolescente que jogou bebê em quintal vizinho não sabia da gravidez

Crédito: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A Polícia Civil concluiu que a adolescente de 16 anos que jogou a filha recém-nascida sobre o muro de casa após o parto não sabia que estava grávida e pediu o arquivamento do caso, ocorrido em Goiânia nesta semana.

Conforme o G1, o delegado Queops Barreto disse que, um dia antes de dar à luz, a adolescente passou por uma consulta com dois médicos da cidade e nenhum deles constatou a gestação. Queops explicou também que a criança segue internada no Hospital Materno Infantil e passa bem. Ela deve ser levada para a casa da mãe quando tiver alta.

O caso

O bebê foi jogado sobre um muro de 3 metros de altura no dia 17 de dezembro. A criança caiu no quintal de uma casa vizinha, no Jardim Planalto. Os bombeiros que fizeram o resgate contaram que a adolescente deu à luz dentro do banheiro de casa e, na sequência, jogou a menina.

De acordo com Queops, ninguém da família suspeitava da gravidez. “O avô disse que acordou e encontrou a casa toda suja de sangue. Achou a criança e chamou os bombeiros”, relato delegado.

Durante as investigações, a polícia já tinha descartado que a garota tivesse sofrido violência sexual e feito um aborto. O delegado disse que, durante a gravidez, a menina continuou menstruando por um tempo, mas, em uma consulta de rotina, o médico constatou um atraso de três meses na menstruação, porém orientou ela a voltar para casa. Mais tarde, voltou em outro médico sentindo muitas dores.

Após a consulta, a adolescente voltou para casa um pouco zonza devido à medicação e acabou dormindo. Após três horas, ela acordou e teve a criança. “Por conta dos remédios ela teve a consciência um pouco alterada. Neste estado alterado, ela jogou a criança fora para tentar esconder uma virgindade porque foi a primeira relação sexual dela. Algo não planejado”, disse o delegado.

A entidade informou, em nota, que ainda não foi comunicada sobre o caso e aguarda o envio do processo para avaliar os fatos e adotar as medidas cabíveis.

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