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Mãe quer respostas para morte de filho de 20 anos

24 Jul 2014 - 09h19Por Diário Digital

A dona de casa Juelice Bueno Cintra, 44 anos, se sente sufocada por uma dúvida: ela desconhece as verdadeiras causas da morte do filho Carlos Alberto Cintra Gaúna, de 20 anos. O rapaz faleceu no dia 19 de fevereiro deste ano, após passar por tratamento de uma leucemia na Santa Casa de Campo Grande. A mulher decidiu abandonar o sofrimento silencioso e lutar por esclarecimentos após a imprensa noticiar as mortes de três pacientes que também enfrentavam quimioterapia no mesmo hospital. "Suspeita-se de erro na aplicação dos medicamentos. E meu filho pode ter sido a primeira vítima de um eventual equívoco", justifica a mulher.

Ela explica que o filho era forte, saudável e sem histórico de doenças. Porém, um dia reclamou de febre e pequenas dores na barriga. Após vários exames, descobriu-se que ele tinha leucemia. A quimioterapia começou no dia 3 de fevereiro. Os efeitos se mostraram drásticos. O rapaz reclamava de sentir a garganta queimando muito, não comia e a febre não cedia. O jovem que acabou internado no CTI da Santa Casa morreu às 7h50 do dia 19 de fevereiro, ou seja, 15 dias depois de receber os medicamentos na quimioterapia.

"Antes de começar o tratamento, o médico assegurou 80% de chances de cura. Porém, depois da aplicação dos medicamentos, ele piorou drasticamente e acabou morrendo. Foi tudo muito rápido", relembra. A mãe precisou entrar na Justiça para ter acesso ao prontuário do filho que a Santa Casa não forneceu espontaneamente. O atestado de óbito, conforme Juelice, diz que o  rapaz morreu por insuficiência respiratória, hemorragia pulmonar e leucemia aguda.

A mulher afirma ter ouvido relatos de que a equipe médica prestou toda assistência necessária ao jovem. Porém, desconfia de superdosagem da medicação (devido aos efeitos drásticos e rápidos) e ainda da manipulação dos medicamentos. As doses da quimioterapia são aplicadas associadas a remédios antialérgicos. "Não posso passar a vida com esta dúvida. Preciso saber se meu filho morreu em consequencia da doença ou da medicação", reitera.

O advogado de Juelice, Elézio Corrêa de Mello, está aguardando laudo encomendado junto a um profissional da área de saúde para saber que providências tomar. Ele não descarta processos judiciais contra a Santa Casa ou o laboratório que fez os medicamentos, dependendo da análise do prontuário.

Após as três mortes, a Santa Casa abriu uma Comissão de Óbito Ampliado que está investigando os falecimentos. O  serviço de quimioterapia da Santa Casa é terceirizado para o Centro de Hematologia de Mato Grosso do Sul. O lote dos medicamentos aplicados nas três pacientes,o 5FU (5-Fluorouracil) e o Leucovorin foram suspensos. Outra medida tomada pelo hospital foi transferir a manipulação dos medicamentos para o Hospital de Câncer.

Apesar do trabalho intenso de apuração até esta quarta-feira, 23 de julho, a Comissão ainda não tinha encontrado respostas para as mortes que ocorreram entre os dias 10 e 12 de julho. As vítimas tinham sintomas parecidos aos de Carlos Alberto Cintra. As investigações continuam e um relatório final deve ficar pronto em 30 dias.

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