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Operação Desdita

Gaeco desarticula ações do PCC e prende 24 em flagrante; quatro em Dourados

Grupo especializado do MPMS contou com apoio da Polícia Militar

19 Abr 2017 - 07h51Por DOURADOS AGORA

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), em conjunto com a Polícia Militar do Estado e apoio do Bope, Batalhão de Choque e inteligência da PM, deflagrou ontem a Operação Desdita, em que desarticulou as ações de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que agem nos presídios e nas cidades do Estado. Foram cumpridos 48 mandados de busca e apreensão, entre os quais 24 com autos de flagrante delito de integrantes da facção que estavam agindo fora e dentro dos presídios em diversos atos delituosos.

A coordenadora do Gaeco, promotora de Justiça Cristiane Leal Mourão Santos, em coletiva na tarde de ontem, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado, explicou que as ações que resultaram na Operação Desdita foram iniciadas em meado do ano passado, quando o órgão identificou nove principais lideranças do PCC no Estado, que foram encaminhados ao Presídio Federal e cujas investigações não permitiram que houvesse rebeliões e violência nos presídios do MS.

Cristiane Santos explicou que as investigações descobriram as principais formas de atuação da facção, com as denominações de suas lideranças e as funções de seus integrantes, tanto os que cumprem penas em presídios do Estado, quando os que estão ou estavam em liberdade, cumprindo ordens dos líderes para a prática de assaltos, sequestros e tráfico de drogas com o objetivo de arrecadar dinheiro para a aquisição de armas.

Na Operação Desdita, além das 24 prisões em flagrante, das quais 12 foram cumpridas na Capital; seis em Naviraí, onde duas adolescentes de 17 anos de idade foram apreedidas; quatro em Dourados; uma em Ponta Porã e outra em Mossoró (RN), a ação resultou na apreensão de 10 armas de grosso calibre e farta munição, milhares de reais; grande volume de drogas e também documentos da facção indicando ações que estariam sendo desencadeadas para atingir membros das forças de segurança do Estado.

O Gaeco conseguiu ainda bloquear 94 celulares utilizados pelos membros da facção para se comunicarem, tanto de dentro, quanto fora dos presídios, de onde partiram muitas ordens para a prática de crimes e conseguiu também o bloqueio de milhares de reais de 44 contas bancárias de integrantes da organização criminosa, cujos valores foram sequestrados pela Justiça.

Uma das apreensões, na residência de um dos alvos da Operação Desdita, foi um documento com o desenho de um palhaço, que autoriza seu portador a executar policiais e servidores do sistema penitenciário e ainda a inscrição 1533, que se refere às iniciais da facção e outros desenhos indicativos de ações que estariam sendo articuladas no Estado.

Cristiane Santos explicou que a operação deve essa denominação em razão de um dos alvos, Luís Carlos dos Santos, membro da facção, ter programado várias ações desde dezembro do ano passado e que não deram certo porque estava sendo monitorado pelo Gaeco. Ele se dizia "azarado" em razão das diversas execuções – assassinatos – que havia praticado por ordem das lideranças da organização criminosa.

Entre as adolescentes apreendidas em Naviraí, uma delas já havia sido "batizada" na facção e estava cumprindo importante papel no desempenho dos demais integrantes daquela cidade e, nas prisões em Campo Grande, duas delas ocorreram dentro do Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, onde as detentas foram flagradas com documentos do PCC, celulares e drogas.

O procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos, que abriu a coletiva, afirmou que a sociedade não aceita mais os desmandos praticados por criminosos – incluindo os políticos – e quer uma ação rápida de combate às organizações criminosas e o Gaeco deu respaldo a essa reivindicação, realizado uma operação com sucesso e resultados positivos.

"O MPMS não é de buscar holofote midiático e quando convida a imprensa, é para prestar contas de suas ações à sociedade, como o resultado desta operação", afirmou.

Durante os questionamentos, o comandante-Geral da PMMS, coronel Waldir Ribeiro Acosta explicou que as ações foram desenvolvidas em apoio ao Gaeco e que na Capital e em outras cidades do Estado, nos últimos meses, foram presos diversos assaltantes que receberam ordens de lideranças da facção, além de três mortes de bandidos registradas na última semana. "Estamos atentos aos criminosos e agindo para atender a sociedade", afirmou.

Também participaram da operação os promotores de Justiça Thalys Franklyn de Souza, Marcos Roberto Dietz, Tiago di Giulio Freire e Fernando Mastins Zaupa em Campo Grande e em Dourados a promotora de Justiça Cláudia Loureiro Ocariz Almirão. Com exceção de Cláudia Almirão, os promotores também participaram da coletiva, ao lado dos comandantes do Bope e do Batalhão de Choque.

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