A delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia, município que fica na região de fronteira a 377 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, foi alvo de ataques durante a madrugada desta sexta-feira (29). Segundo a polícia, cerca de 40 disparos atingiram o prédio e foram dois ataques.
A Sejusp informou que os fatos estão sendo apurados e que equipes da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) foram deslocadas para ajudar nas investigações. Ainda não se tem pistas da autoria dos ataques.
A Delegacia Geral da Polícia Civil disse que está acompanhando as investigações e que estão sendo conduzidas de forma sigilosa. Sobre a falta de efetivo apontada pelo Sinpol, a Sejusp nega a falta de policiais na delegecia do município.
O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) diz que o clima é de tensão na delegacia. Segundo a entidade, foi pedido reforço à Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
ataques, mas ninguém ficou ferido
(Foto: Sinpol/Divulgação)
"É uma situação que não é de hoje. Já houve outros disparos contra a delegacia. Esse ano teve, no ano passado teve. Nos últimos dois anos foram quatro atentados", disse o presidente Sinpol, Giancarlo Miranda.
Os tiros acertaram a fachada, parede, portas e chegaram até o interior da delegacia. Policiais militares foram chamados para reforçar a segurança. "Foram dois ataques. Um à uma da manhã e outro às três da manhã. Da primeira vez tinham três policiais. Já na segunda, com a vinda da PM, eram cinco. Tinham dois presos também. Ninguém foi atingido", afirmou o delegado Alberto Duarte Faria.
O município fica na fronteira com a cidade paraguaia Capitan Bado e separado por apenas uma rua. "A delegacia fica a 20 metros da linha de fronteira com o Paraguai. Qualquer pessoa do lado de lá consegue atirar na delegacia sem precisar atravessar para o lado brasileiro", afimou Faria.
De acordo com o Sinpol, a proximidade entre as cidades interfere na segurança no dois países. "Ali é rota de tráfico de drogas e de armas. O clima lá é sempre complicado. Os policiais trabalham desestruturados. O efetivo não é suficiente", disse Giancarlo Miranda.
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