Menu
terça, 23 de abril de 2024
Busca
Busca
CORRUPÇÃO

Alvo da Federal, candidata do PRB teve 491 votos e 99,79% da campanha paga pelo partido em MS

Nega que foi usada como laranja, mas recebeu R$ 760 mil do partido e gastou quase R$ 1,5 mil para cada voto que teve

24 Mai 2019 - 15h04Por Midiamax

Alvo da Polícia Federal por supostamente fraudar informações à apresentadas Justiça Eleitoral, Gilsy Arce teve 99,79% da campanha por uma vaga na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) paga pela Executiva Nacional do PRB. Ela recebeu R$ 760 mil da direção do partido, mas recebeu módicos 491 votos.

Cada voto que ela recebeu nas urnas custou, em média R$ 1,5 mil, enquanto seu correligionário Antônio Vaz, único eleito deputado estadual pela sigla, gastou R$ 20,27 por cada um dos 16.224 votos que recebeu. A diferença de votos chega a 3304%, mas o parlamentar recebeu, no entanto, R$ 264.209,96 em recursos do partido.

Todos os dados elencados na reportagem do Jornal Midiamax foram obtidos na prestação de contas apresentada pelos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os dados são públicos e podem ser consultados por qualquer cidadão que acessar a plataforma DivulgaCand, vinculada à Corte Eleitoral.

Gilsy Arce foi alvo de três mandados de busca e apreensão expedidos pela 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, a candidata teria, supostamente, fraudado a prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral. Ela, no entanto, ‘nega ser laranja’. (Confira a defesa dela ao fim do texto).

As investigações apontam que ela teria omitido informações e/ou inserido declaração falsa para fins eleitorais e, ainda, se apropriado, em tese, de bens destinados ao financiamento eleitoral.

Os recursos que ela dispunha

Ao todo, a campanha dela dispunha de R$ 761.589,50. Além dos 99.75% oriundos da Executiva Nacional, Gilsy Arce contou com apoio de alguns correligionários e também do então candidato da coligação “Esperança e Mudança” ao Governo do Estado, Odilon de Oliveira (PDT), que contribuiu com R$ 360.

Ao lado de Odilon, candidata lamenta derrota nas urnas (Foto: reprodução/Facebook)

Presidente estadual da legenda, Wilton Acosta – que também concorreu, mas à Câmara dos Deputados, em Brasília – doou R$ 975. Ela também contou com a contribuição de R$ 254,50 do vereador de Campo Grande e então candidato da coligação ao Senado, Gilmar Nery de Souza, o Gilmar da Cruz.

O que foi gasto na campanha

A prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral detalha todos os gastos de Gilsy Arce na corrida eleitoral.

Nela, consta a locação de 29 veículos, por R$ 57.646. Só os carimbos da campanha custaram R$ 55 mil. Despesas com pessoal saíram por R$ 40 mil, além de R$ 13.973,30 com Imposto de Renda.

Serviços de marketing e criação custaram R$ 45 mil e captação de imagem e gravação de vídeo R$ 44 mil. Ela também gastou R$ 32 mil com publicidade de matérias impressos. Serviços de iluminação, palco de sonorização para reuniões políticas não saíram por menos de R$ 30,1 mil, além das fotografias e filmagens que custaram R$ 20 mil.

Há também a impressão de folders por R$ 18 mil, R$ 15,3 mil com serviços contábeis, R$ 15 mil com produção e imagem, assessoria de marketing R$ 14,5 mil, o mesmo valor para gestão de marketing, mais R$ 10,3 mil com despesas de pessoal e mais R$ 9,2 mil para sonorização e iluminação.

Com combustível, a candidata gastou R$ 12 mil. Também teve quem ganhou R$ 6 mil para coleta e entrega de documentos. Ela também gastou R$ 3 mil com a locação do comitê. Há, ainda diversos pagamentos a cabos eleitorais, em valores que variam de R$ 250 a R$ 10 mil.

Nega ser laranja

Ao Midiamax, Gilsy Arce confirmou ter sido alvo da Polícia Federal, mas preferiu não falar sobre o assunto. Sua defesa, no entanto, nega que candidatura tenha sido ‘laranja’. “Candidato laranja tem 20 votos, quando muito”, disse o advogado Ronaldo Franco. Ele ainda chama de “estapafúrdia” a tese de vincular o número de votos à quantidade de recursos recebidos.

“Se dinheiro tem a ver com voto, o dinheiro serve para comprar voto e ela não comprou voto, ela aplicou na campanha. Se as pessoas se sensibilizaram ou não com o discurso dela é outra história. Dinheiro é para fazer campanha, campanha é para pedir voto, as pessoas é que decidem”, completa, dizendo que ambos estão “tranquilos“ em relação à investigação, que ainda está em fase inicial.

A reportagem tenta contato com o presidente estadual do PRB, Wilton Acosta, desde as 8h desta sexta-feira (24), mas não obteve retorno atá a publicação desse deste material. O espaço está aberto para manifestação dele, caso queira.

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

OLHA A HISTÓRIA
Por demora para colocar cílios, marido fica enfurecido, quebra móveis e agride esposa em MS
HOMENAGEM
'Sua partida foi dolorida': amigos prestam homenagens para mulher morta atropelada na MS-156
FOTO: MÍDIA MAX FEMINICÍDIO EM MS
'Matei porque era prostituta': Homem deu 30 facadas em mulher e passou 3 dias com corpo em MS
Gabriel foi encontrado por populares que fazem caminhada no local; Foto: Sidnei Bronka/Ligado Na Notícia DOURADOS - POLÍCIA
Homem é encontrado morto com tiro na cabeça em Dourados
FATALIDADE
Piscineiro morre após cair e se afogar em piscina em MS

Mais Lidas

MEGA-SENA - Foto: Tânia Rego/ Agência BrasilSORTUDOS DE MS
Sortudos de MS faturam R$ 202,8 mil na quina da Mega-Sena; DEODÁPOLIS e mais 13 cidades na lista
FOTO: JD1FEMINICÍDIO EM MS
FEMINICÍDIO: Mulher morre ao ser atropelada várias vezes pelo namorado em MS
José Braga tinha 77 anos de idade - (Foto: Rede social)LUTO
Morre José Braga, ex-vereador em Dourados e Fátima do Sul
FEMINICÍDIO
Família se despede de Andressa em velório após ser atropelado por marido
ASSASSINATO
Mulher morta com 30 facadas desistiu de programa por achar assassino 'muito feio' em MS