Em depoimento dado ao portal UOL nesta terça-feira (19), uma aluna da USP identificada apenas como Rosa (nome fictício) revelou ter sido estuprada em festa da Medicina em 2011. Ela também contou que foi convencida a não denunciar o estupro por membros da Atlética responsável por organizar a "Carecas no Bosque", onde aconteceu o crime.
"Eu estava em uma das barracas da festa, desacordada porque tinha bebido demais. E um homem, parece que um técnico de ar condicionado, me estuprou", contou Rosa. "Eu só fui acordar e tomar [alguma] consciência do que estava acontecendo no hospital. Fui retirada da festa em uma ambulância – acho que umas 500 pessoas viram isso. Fui para o Hospital das Clínicas, e a médica que me atendeu quis fazer um exame de corpo delito. Mas, como eu não estava acreditando que pudesse ter acontecido, eu não quis fazer. E me levaram de lá".
Rosa ainda contou que alguns colegas membros da Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz afirmaram que ela não deveria denunciar o estupro "primeiro, para proteger a vítima e, segundo, porque isso vai destruir a festa". A vítima também afirmou que ficou um semestre praticamente sem ir à faculdade.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar