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ESTELIONATARIA

Advogada de 82 anos é vítima de golpe via WhatsApp com boleto bancário

Realizado em duas etapas: um boleto no valor de R$ 3,2 mil e um outro de R$ 1,8 mil.

12 Nov 2019 - 15h01Por Extra

Uma advogada de 82 anos, que prefere não se identificar, perdeu R$ 5 mil ao ser vítima de um golpe na última sexta-feira (8). Ela fez dois pagamentos, via boleto bancário, depois que recebeu uma série de mensagens pelo aplicativo WhatsApp de um falso contato que se fez passar por uma de suas clientes. O criminoso usou a foto da cliente para induzir a vítima a fazer o pagamento, realizado em duas etapas: um boleto no valor de R$ 3,2 mil e um outro de R$ 1,8 mil.

Logo depois de sair de sua casa, na Zona Norte do Rio, para efetuar o pagamento, na boca do caixa, a vítima contatou a verdadeira cliente e descobriu que se tratava de um golpe. O caso foi registrado na 4ª DP (Praça da República) como estelionato e está sendo investigado.

- A conversa durou horas, quase um dia inteiro. Eu vi a foto da minha cliente e não desconfiei. A pessoa sabia meu nome e me pediu para fazer o pagamento porque estaria numa consulta médica. Segundo ela, era um valor referente a um produto de casa que precisava ser entregue com urgência. E que se o pagamento não fosse feito naquele dia, haveria multa - relata a advogada.

Segundo ela, a pessoa disse que não sabia pagar boleto:

- "Faço a transferência para a senhora", me disse a pessoa, que mandou fotos de uma fila de espera numa unidade hospitalar e um comprovante de transferência para minha conta, que é falso. Quando eu soube que era golpe, liguei para o tal número e a pessoa atendeu, eu disse que sabia da mentira e ela desligou - detalha.

A vítima prestou depoimento e as informações estão sendo analisadas para identificar a autoria do crime e quem efetivamente recebeu o dinheiro.

O delegado Rodofolfo Waldeck, titular da unidade, recomenda que, antes de efetuar qualquer depósito ou pagar qualquer boleto recebido, o cidadão verifique o beneficiário da operação visando a identificação da pessoa ou empresa emissora do boleto.

- O mais comum é depósito ou transferência para conta, boleto bancário é novidade. Em caso de não reconhecer o beneficiário, o pagamento não deve ser efetuado - avisa Waldeck.

Boleto gerado por empresa de crédito digital

Segundo o Registro de Ocorrência, o falsário utilizou o aplicativo WhatsApp com o número telefônico 21 98886-8827. Os valores foram depositados em nome de dois homens diferentes. Os dois boletos bancários pagos pela vítima foram gerados com códigos de barras que levam a uma empresa identificada como Iugu Serviços de Internet SA, com conta no Banco Bradesco, tendo como sacador/avalista a empresa mineira de conta digital DinDin.

O Bradesco esclarece que, ao fazer uma operação de pagamento, o cliente é sempre solicitado a confirmar o destino do beneficiário do boleto que está sendo pago. Quando o cliente não reconhecer o destino do pagamento, deverá interromper a operação e contatar o real beneficiário do título para esclarecimentos.

O banco informa ainda que entrou em contato com a empresa fornecedora dos boletos que, em tempo, efetuou o bloqueio dos valores para posterior devolução. A cliente deverá contatar o banco em que efetivou o pagamento para solicitar a devolução do valor.

A DinDin confirma a notificação e afirma que seu sistema anti-fraude já havia detectado o comportamento suspeito e a possível tentativa de golpe a terceiros.

- Na ocasião, bloqueamos os dois usuários de acessar a conta e o saldo, caso os boletos viessem a ser pagos. Nem sempre isso acontece. Acreditamos que até amanhã (quarta) o banco deve nos passar os documentos e dados bancários para devolver o dinheiro que, por sorte, ficou em nosso poder. Digo sorte pois nem sempre é possível identificar a fraude a tempo - explica a CEO da empresa, Stephanie Fleury, alertando para que as pessoas tenham mais cuidado com boletos bancários enviados, sobretudo, pela internet.

A Iugu afirma que atua como intermediadora de transações realizadas entre o estabelecimento e os consumidores, sendo responsável apenas pelo processamento de pagamentos.

- Os dados da Iugu aparecem na cobrança, pois recebemos o valor e repassamos automaticamente para a conta do nosso cliente - diz o gerente Felipe Ziviani de Souza.

Estelionato no Rio

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), só este ano, de janeiro a setembro, foram registrados 45.381 casos de estelionato no estado do Rio de Janeiro, um aumento de 9% se considerarmos o mesmo período em 2018.

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