ARTIGO - Sobre o dias dos finados, Por Luciano Gazola
Há um tempo atrás não muito distante protestantes e católicos eram enterrados em cemitérios diferentes.
Minha avó e meu avô materno foram enterrados em um pequeno cemitério Luterano no interior do Rio Grande do Sul.
Como se no céu tivéssemos bairros. Já pensou? O rico enterrado em um mausoléu de mármore morando em uma mansão celestial enquanto o pobre enterrado na terra bruta morando em um barraco celestial.
O céu seria um inferno.
Minha impressão de justiça só se realiza no céu. Já não acredito mais que a terra faça justiça, temos vistos homens maus vivendo bem até o fim de suas vidas.
Mas quando vejo um cemitério tenho a sensação de que tudo está resolvido e não digo isso pensando em inferno ou em castigo.
Mas então o que representa pra nós o dia de finados?
Representa história. E possivelmente algumas das mais importantes de nossas vidas.
Representa saudades.
Na beira do túmulo dos meus avós me reencontro com a minha história, com a minha origem. Cada lembrança nos leva a celebrar a oportunidade de viver, de ter tido aquele amor do nosso lado e a oportunidade de ser a história de alguém. É a hora da gratidão.
Quem vive intensamente os dias de vida não leva culpa pro cemitério.
Quem da flores em vida pode levar flores aos túmulos com gratidão, sem a dor do arrependimento.
O dia dos mortos deve nos fazer lembrar dos vivos e da importância de se aproveitar cada momento.
No mais fica a fé Naquele que disse e venceu a morte.
Deus abençoe a vida e a ressurreição.
Luciano Gazola, professor, teólogo e comerciante em Fátima do Sul.
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