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ESCRAVIDÃO

Xamã mantém escrava sexual presa em caverna por 15 anos na Indonésia

De acordo com a polícia local, a mulher — identificada como “H” — foi capturada quando tinha apenas 12 anos e enganada a praticar sexo com o xamã

8 Ago 2018 - 12h58Por Extra

JACARTA — Um líder espiritual de 83 anos, identificado apenas como “JG”, está sendo acusado de ter mantido uma jovem aprisionada em uma caverna nos últimos 15 anos, nas proximidades do vilarejo de Bajugan, na província de Celebes Central, na Indonésia. De acordo com a polícia local, a mulher — identificada como “H” — foi capturada quando tinha apenas 12 anos e enganada a praticar sexo com o xamã, que se dizia possuído pelo espírito de um jovem garoto.

De acordo com o jornal “Jakarta Post”, a vítima foi encontrada após a irmã dela, que é casada com o filho do xamã, alertar o vilarejo de que “H” estaria por perto. A polícia foi acionada e encontrou a mulher, hoje com 28 anos, na fenda de uma rocha no interior da floresta. Era lá que ela passava os dias desde o desaparecimento, em 2003. Durante a noite, informou a polícia, ela ficava numa cabana perto da casa de “JG”.

Muhammad Iqbal Alqudusy, chefe da polícia de Celebes Central, afirmou que o xamã mostrava a foto de um garoto, nomeado como Amrin, que “H” foi induzida a pensar que seria seu namorado.

— Ela foi levada a acreditar que o espírito de Amrin entrava no corpo do idoso — afirmou Alqudusy, em entrevista coletiva. — É óbvio que ele estava apenas satisfazendo seu desejo sexual.

A Indonésia é um país predominantemente muçulmano, mas antigas crenças sobre espíritos e atividades paranormais ainda persistem. O xamã era conhecida por seus métodos curativos e pelo contato com espíritos. Foi por esse motivo que “H” foi levada pela própria família a “JG”, mas em vez de tratá-la, ele a transformou numa escrava sexual.

Para explicar o desaparecimento, o xamã convenceu a família de que a menina teria fugido para a capital, Jacarta, para trabalhar. Os parentes mantiveram as buscas e a esperança por anos, mas depois de um tempo, desistiram.

— Parece que ele fez uma lavagem cerebral na vítima, deixou ela com medo de fugir e de encontrar outras pessoas porque estaria sendo observada pelo espírito — disse um morador do vilarejo.

De acordo com Alqudusy, a mulher relatou ter mantido relações sexuais com o “espírito de Amrin“ desde 2003, mas o xamã admite ter feito sexo com “H” apenas após 2008, numa clara tentativa de se livrar de acusações de estupro de menores. O xamã foi acusado de cometer crimes contra menores, com sentenças de até 15 anos de prisão.

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