Prestes a ser oficializado o treinador da Seleção nesta terça-feira no Rio de Janeiro, o técnico Dunga reassumirá o cargo deixado há quatro anos repleto de desafios. Adiantada pela Rádio Jovem Pan no último sábado, a escolha do treinador criou polêmica e devolverá ao time administrado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma série de questões de 2010.
Da relação tumultuada com a imprensa, especialmente com a TV Globo, ao fato de ter levado à Copa de 2010 a Seleção com maior média de idade da história, Dunga lidará com marcas do passado que aumentarão a cobrança no começo de seu trabalho.
Veja os principais desafios do treinador:
Renovar a Seleção
O coordenador técnico Gilmar Rinaldi já adiantou ao lado do coordenador da base Alexandre Gallo que a prioridade neste primeiro momento será a melhora da integração entre as diferentes categorias e no aproveitamento de jovens pensando na Olimpíada. Em seu trabalho até 2010 Dunga foi criticado especialmente por ter levado um time envelhecido ao Mundial, com um legado de apenas cinco jogadores – um titular – para 2014. Para 2018 o legado é incerto, mas pelo menos metade do grupo que jogou em 2014 irá se desfazer.
Construir uma relação menos conflituosa com a imprensa
A passagem de Dunga pela Seleção Brasileira ficou marcada pela relação tumultuada com a imprensa, especialmente depois de 2008 quando ficou ameaçado no cargo. O técnico passou a responder críticas com veemência e criou inimizades. Maior emissora do País, a Globo escancarou a relação conflituoso em meio à Copa do Mundo que teve como ápice insultos de Dunga ao repórter Alex Escobar em meio à entrevista coletiva pós-vitória contra o Chile nas oitavas. Em sua volta, o técnico testará as consequências deste passado na busca de um relacionamento menos beligerante.
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