A tensão política entre Rússia e Ucrânia e os conflitos no Leste europeu fizeram o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão), Wolfgang Niersbach, defender a mudança da sede da Copa de 2018 para a Alemanha. Em entrevista ao diário alemão "Bild", o dirigente afirmou que a competição que será sediada pela Rússia está sob risco:
— Observamos com muita preocupação o desenvolvimento político na Rússia, algo que não era previsível quando se tomou a decisão de entregar ao país a tarefa de organizar a Copa de 2018.
Niersbach está à frente de um grupo de políticos alemães que defende a ideia de mudar a sede do próximo Mundial, especialmente após a conquista da Copa no Brasil. O dirigente chegou a afirmar que a alteração seria justa com a atual campeã:
— Naturalmente a Alemanha seria, como campeã mundial, a alternativa adequada para celebrar a Copa do Mundo. O melhor seria realizá-la em parceria com Polônia e Ucrânia, que também possuem estádios modernos — disse o dirigente.
Pesa como argumento para os alemães a estrutura dos estádios do país, que sediou a Copa há apenas oito anos. A boa média de público do Campeonato Alemão também é um dos trunfos de Niersbach. Agora, a federação recebeu apoio de políticos de partidos que fazem parte do governo Ângela Merkel.
— Não podemos conceder a Copa do Mundo a um país que está em guerra com outro — disse Karl-Georg Wellman, da União Democrata Cristã (CDU).
A Fifa, que enfrenta pressões por causa da escolha do Qatar como sede da Copa em 2022, não se pronunciou sobre as declarações dos alemães.
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