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Meninas ficam com pernas paralisadas após tomarem vacina contra HPV no litoral de SP

Pelo menos 10 adolescentes passaram mal após serem vacinadas no litoral de SP

9 Set 2014 - 10h39Por R7

A mãe da adolescente, Natália Barbosa, 13 anos de idade, a costureira Darci dos Santos, 51 anos, disse que as pernas da filha “perderam a força” e ela "caiu", depois de tomar a vacina contra o HPV na última quarta-feira (3), em Bertioga, litoral de São Paulo. Desde sábado, a menina está internada, em um hospital de Santos, já que suas pernas estão paralisadas. Até o momento, não há previsão de alta, segundo Darci.

Além de não conseguir andar, Natália sente falta de sensibilidade da cintura para baixo, além de fortes dores de cabeça. Segundo a mãe da menina, as reações começaram horas depois de ela ter tomado a vacina na escola onde estuda, na última quarta-feira.

— As pernas dela ficaram sem forças e ela caiu no chão e, então, a levamos para ao hospital. Naquele dia, os médicos descartaram que os sintomas tinham relação com a vacina. Eles disseram que ela poderia estar nervosa. Então, ela foi medicada e fomos embora.

Ainda segundo Darci, Natalia passou bem na quinta-feira (5) e sexta-feira (6), mas no sábado (6) os sintomas voltaram e ela foi novamente foi levada ao hospital.

— Chegando lá, com mais casos aparecendo [outras dez meninas tiveram as mesmas reações após a vacina], os médicos disseram que só podia ser por causa da vacina. Os médicos não sabem ao certo, mas disseram que o irão fazer o que puderem para que ela se recupere o mais cedo possível.

Darci contou que a filha tomou a primeira dose da vacina contra o HPV, aplicada em março deste ano, e não teve nenhuma reação.

— Na primeira dose, ela não teve nenhum problema. Então, deixei ela tomar a vacina agora porque achava que estava fazendo um bem para ela. Acho importante que os pais tomem muito cuidado agora e pensam muito bem antes de deixar suas filhas tomarem.

A Secretaria Estadual de Saúde está acompanhando de perto os casos das 11 jovens e já descartou qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga. De acordo com a responsável pelo setor de Imunizações da secretaria, Helena Sato, a vacinação contra o HPV vai continuar em todo o Estado.

— Casos como os dessas meninas são muito raros, mas não se atribuem a vacina. Esses sintomas podem acontecer, principalmente em meninas na adolescência, porque elas ficam ansiosas por tomarem medicações injetáveis, chamamos isso de ansiedade pós-imunização.

Helena enfatiza que não há nenhuma associação dos sintomas apresentados pelas adolescentes de Bertioga com a aplicação da vacina, uma vez que, o mesmo lote, composto por 320 mil doses, vem sendo aplicado desde o início do mês em estudantes de todo o Estado de São Paulo.

— Continuaremos a vacinação normalmente. Temos que enfatizar que essa vacina é segura e muito importante para todas as mulheres, já que previne o câncer do colo do útero, doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, mata cerca de 25 mil mulheres por ano.

O caso

Pelo menos dez adolescentes de uma escola pública de Bertioga se queixaram de reação à segunda dose da vacina contra o papilomavírus (HPV), aplicada na última quinta-feira (4), em um grupo de estudantes. Logo após a aplicação, as meninas deram entrada no pronto-socorro de Bertioga com queixas de dor de cabeça e dificuldades para caminhar, já que não sentiam as pernas. Oito estudantes tiveram alta no mesmo dia, mas três continuavam com os sintomas, sendo transferidas primeiramente para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, e depois para o Guilherme Álvaro, que é uma unidade estadual, considerada de referência para a região.

 

Vacinação contra HPV

A vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) faz parte do calendário nacional de imunizações e, atualmente, está disponível gratuitamente apenas para meninas entre 11 e 13 anos. A segunda dose da vacina começou a ser aplicada no dia 1º deste mês.  A vacinação será feita nos postos de saúde e em escolas públicas e particulares que mostrarem interesse em imunizar suas alunas. A primeira dose foi aplicada em março deste ano.

O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

* Colaborou: Luiz Guilherme Sanfins, estagiário do R7

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