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ARTIGO DO LEITOR

Falar mal de professores é facil! Dificil é trabalhar como eles

Nos últimos anos tem se tornado comum discursos de algumas lideranças políticas e de alguns jornalistas, empresários, entre outros profissionais conservadores atacando Professores e Professoras do Brasil.

14 Jun 2019 - 08h31Por Adélio Ferreira - Fátima News

Nos últimos anos tem se tornado comum discursos de algumas lideranças políticas e de alguns jornalistas, empresários, entre outros profissionais conservadores atacando Professores e Professoras do Brasil. Como se estes importantes profissionais fossem os responsáveis pela falta de investimentos em Educação, que na verdade é de responsabilidade dos governantes, como diz a Constituição, e pelos estudantes, muitos deles indisciplinados, cuja responsabilidade de criar e da família.

Estas falas acabam por provocar reações de muitas pessoas que sequer conhecem a realidade das salas de aula no País atualmente. O mais grave nisso tudo é que essas pessoas se deixam levar por essa onda de críticas às professoras e professores, sem nunca ter experimentado o que é o dia a dia deste profissional.

Resumidamente, vou explicar como funciona o trabalho dos professores no Brasil. A maioria desses heróis levanta cedo, preparam seus filhos para também irem à escola (o melhor caminho para um futuro com mais igualdade). Professor/Professora são seres humanos iluminados, sonhadores, mesmo estando de férias, sempre pensam em como melhorar sua prática pedagógica para permitir uma aula mais dinâmica a seus estudantes; vivem estudando, participando de reuniões para encontrar caminhos para melhorar o aprendizado de seus estudantes. Professores/Professoras também são humanos, têm falhas como qualquer outro trabalhador. Existem professores no Brasil que ganham salários dignos, mas existem também professores que ainda tem que enfrentar baixos salários para ajudar a formar futuros cidadãos.

Você encararia uma sala de aula com 40 estudantes ou mais e conseguiria fazer todos ficarem quietos para prestarem atenção ao seu conteúdo? Você se disporia a chegar em casa, corrigir trabalhos, provas, fazer planejamento de aula, participar de reuniões, e, depois de tudo isso, não esquecer que tem uma família para dar atenção e carinho? Você encararia turmas de estudantes, onde alguns ainda não conseguiram aprender o necessário para estar naquela série, e você, como profissional, precisa dar uma atenção maior aquela criança ou adolescente? Você encararia uma sala de aula com estudantes inclusos por terem alguma necessidade especial, mas os gestores públicos por terem que cortar gastos, não colocam uma professora ou professor de apoio para aquele cidadão?

Parte das críticas que se faz aos professores relacionam-se ao fato de muitos estudantes terminarem os estudos com muitas dificuldades em diversas disciplinas. Mas, como resolver questões como essas, se nos últimos anos as verbas destinadas a este setor têm diminuído. Historicamente no Brasil, os governantes, aliados às elites econômicas, nunca se interessaram em oferecer educação de qualidade aos mais pobres, pois elas permitem formar pessoas mais críticas e pessoas mais críticas podem derrubar governos.

Mas, apesar disso tudo, muitas escolas públicas do País têm se destacado em avaliações e também por projetos desenvolvidos por um competente corpo de funcionários que envolvem diretores, professores, coordenadores, servidores administrativos e participação da família.

Em Mato Grosso do Sul, estado com uma história de luta muito bonita dos professores e demais trabalhadores em educação, que ao longo das décadas de 1980 e 1990 sofreram com os inesquecíveis atrasos nos pagamentos de salários devido às irresponsabilidades de seus governantes, este dia 14 de junho será marcado por mais um dia de paralisação para que evitar que o direito à aposentadoria especial, conquistado há mais de 30 anos, devido à luta que já se travava naquela época, seja retirado, como quer o governo Jair Bolsonaro (PSL). A luta também é pela aposentadoria dos mais humildes, para que esses não sejam prejudicados com a reforma. 

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