Um ano depois de muita dedicação, com esforços concentrados no segundo semestre de 2014, o estudante campo-grandense Rafael Ribeiro Tostes, de 18 anos, realizou o sonho e, hoje, cursa economia. O jovem acertou 44 das 45 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 e tirou 973.6, nota máxima alcançada entre os candidatos de todo o Brasil, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Com a pontuação obtida no Enem, Tostes ficou em primeiro lugar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ainda foi aprovado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), todos no curso desejado. Mesmo com tantas opções, o estudante também passou no vestibular para ingressar na Universidade de São Paulo (USP) que era o seu objetivo.
O desempenho da redação também foi um dos melhores com nota 980. Em todo o país, apenas 250 candidatos tiraram 1.000, nota máxima da avaliação, segundo o Inep.
O Inep não informou ao G1 o número de candidatos que alcançaram a nota na área de Matemática e suas Tecnologias no Enem 2014. O órgão divulga as notas mínimas e máximas obtidas em cada uma das quatro provas objetivas. A nota de matemática, alcançada por Rafael, foi a maior entre as quatro provas. Essas notas servem para "calibrar" o desempenho dos candidatos, que podem ver se ficou mais perto da nota maior ou menor. Veja abaixo:
Os sacrifícios nunca foram obstáculos para Tostes que sabia exatamente o que queria. Para ele, além da rotina de estudos, uma dica para quem vai prestar o Enem este ano é a persistência. “O principal é aguentar o estudo, ter persistência, aguentar até o fim porque não pode diminuir o ritmo”, ressalta.
Para conseguir o bom resultado e não cometer o mesmo erro do último ano do Ensino Médio, quando não conseguiu aprovação em universidades, o estudante optou por estudar mais leve no primeiro semestre, mas se empenhar mais no segundo.
“No terceiro ano já comecei estudando pesado e depois fiquei cansado. No ano passado, fiz diferente, comecei de leve e depois intensifiquei”, explica Tostes.
A rotina do estudante, na época que abriu a inscrição para o Enem, começava às 7h com aulas no cursinho, uma parada para o almoço e mais aulas do período vespertino. Depois, os estudos continuavam por conta própria até por volta das 20h quando revisava todas as matérias do dia.
No segundo semestre, a dedicação aumentou e a rotina ficou mais pesada. “A rotina mudou um pouco. Antes eu parava de estudar por volta das 20h, mas mais para o fim eu estudava até as 21h, 22h”, conta Tostes.
O fim de semana era reservado para o descanso. Mas nada de balada ou virar a noite acordado. A vida social foi deixada de lado para não perder o foco. “No máximo eu saía para comer com o pessoal do cursinho, mas mantinha os horários”, afirma o estudante.
Tostes disse que não bateu o arrependimento de não ter estudado nos fins de semana porque conseguiu ingressar na faculdade. Mas o estudante reconhece que se tivesse escolhido um curso mais concorrido, dois dias de estudo por semana a mais fariam a diferença.
“A gente sempre acha que dá para estudar mais. Se tivesse escolhido um curso mais concorrido teria estudado mais no fim de semana com certeza”, pontua.
A prova do Enem é realizada em dois dias. A redação fica para o segundo dia. Por causa disso, muitos estudantes acham o sistema de avaliação cansativo. Para aguentar o ritmo da prova, Tostes disse que fez vários simulados durante o cursinho. “Eu fiz uns quatro simulados que eram bem parecidos com a prova do Enem”, resume Tostes.
Véspera da prova
Para os dias que antecedem a prova, a dica do estudante é manter a rotina normal. Nada de deixar de descansar para tentar estudar a mais. “Mantive a rotina para ficar tranquilo no dia da prova. O negócio é ter praticado antes para aguentar o peso da prova”, enfatizou.
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