No bairro Zé Pereira, a cena na manhã deste domingo é de muitos moradores do lado de fora das casas e sobre os muros, medindo a sujeira e os estragos provocado pelo temporal que caiu ontem. Na Rua Homero Lima, um mutirão entre vizinhos e familiares foi organizado para ajudar a moradora Luciana Vilalba da Cruz, que teve o imóvel destelhado.
Ainda durante a tempestade, cerca de 10 vizinhos ajudaram a retirar os móveis da casa e colocar em uma varanda no fundo. Quando o tempo acalmou, os parentes começaram a arrumar e cobrir a casa com lona. "Ficamos até às 9h da noite tentando organizar tudo, mas deitei no colchão molhado, com meu marido e meu filho. Não consegui dormir e às 5h já estava de pé para continuar limpando", conta.
Os vizinhos também voltaram para o mutirão, uns limpando, outros colocando telhas. "Pelo menos só foram danos materiais. Até hoje à noite já deve estar tudo em ordem", comenta.
O dono de ferro velho, Anderson Ferreira, de 38 anos, também sentiu os impactos da tempestade no bairro. Hoje cedo, era um dos moradores em cima do um muro, na Rua Elenir Amaral, contabilizando o prejuízo.
Ele conta que no sábado uma árvore em frente caiu com a chuva e destelhou o prédio. “Perdi telhas e acabou molhando geladeira, microondas, sofá, armário, banheiro e uma parte da cama. Os bombeiros tiraram a árvore ontem, mas a casa ficou toda molhada” conta.
Na mesma rua, a cuidadora de idosos Maria Cristina Borges, de 53 anos, teve a varanda destelhada, por sorte, o prejuízo foi menor, apesar da trabalheira no sábao “Foi mais o transtorno, mas não molhou dentro de casa. Consertei ontem”.
Na Rua Toró, atrás da Rua Elenir Amaral, a aposentada Sônia Pereira Martins também teve um domingo mais leve, teve de consertar apenas o beiral do telhado. “Não tive problema com água dentro de casa porque o telhado é de alvenaria”, justifica.
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