A malharia Sulfabril leiloou, nesta terça-feira (30), uma de suas duas fábricas que ainda estão em atividade. A unidade em Rio do Sul, em Santa Catarina, foi vendida por aproximadamente R$ 2,7 milhões, 70% do valor de sua avaliação de mercado.
Há duas semanas, a unidade de Ascurra, no mesmo Estado, tinha sido vendida por aproximadamente R$ 4 milhões, 60% do valor de mercado.
A empresa, que teve a falência decretada em 1999, tentou vender também a unidade de Blumenau (SC), avaliada em R$ 102,6 milhões, e as marcas do grupo, avaliadas em R$ 40 milhões.
Nesses dois casos, porém, não houve interessados, e uma nova data para leilão deve ser definida em breve, segundo Tatiane Duarte, leiloeira nomeada pela Justiça.
A empresa vem tentando, também, vender os prédios em que funcionavam fábricas que já foram desativadas. Em agosto, um imóvel localizado em Gaspar (SC) foi vendido por aproximadamente R$ 5 milhões, 70% do valor de sua avaliação de mercado.
A empresa tem uma dívida estimada em R$ 119 milhões. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, em Santa Catarina, desse total, R$ 60 milhões se referem a dívidas trabalhistas.
Empresa chegou a ter 5.000 funcionários
A Sulfrabril nasceu em Blumenau (SC) em 1947 e chegou a empregar mais de 5.000 funcionários. Suas coleções eram anunciadas no horário nobre da televisão e nas principais revistas do país, com garotas-propaganda como as atrizes Regina Duarte e Sandra Bréa.
A crise da empresa teve início em meados da década de 1990, com a abertura do Brasil ao mercado internacional. A falência foi decretada em 1999.
A decisão sobre a realização do leilão foi proferida em 25 de fevereiro deste ano pela juíza Quitéria Tamanini Vieira Peres. Na sua análise, ela disse que o leilão, após a longa tramitação do processo de falência, é uma "providência há muito esperada por constituir medida necessária à efetivação do pagamento dos créditos".
A empresa tem uma dívida estimada em R$ 119 milhões. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, em Santa Catarina, desse total, R$ 60 milhões se referem a dívidas trabalhistas.
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