Na terceira alta seguida, o dólar comercial fechou com valorização de 1,68% nesta terça-feira (1º), a R$ 3,688 na venda. É o maior valor de fechamento em quase 13 anos, desde 13 de dezembro de 2002, quando a moeda valia R$ 3,735.
Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,17%, a R$ 3,627, encerrando agosto com avanço de 5,91%, no segundo mês seguido de alta.
Cenário externo
Nesta terça, investidores avaliavam com preocupação a divulgação de dados sobre o desempenho da indústria da China. O setor encolheu, em agosto, no ritmo mais rápido em três anos.
O indicador mostra desaceleração da economia chinesa, o que afeta os parceiros comerciais do país. No caso do Brasil, a China é um dos principais destinos das exportações.
Cenário interno
Também gerou preocupação no mercado a apresentação do Orçamento de 2016 pelo governo, com contas no vermelho em R$ 30,5 bilhões. O valor representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Isso significa que o governo não vai economizar nada no ano que vem para pagar os juros da dívida.
Investidores acreditam que essa decisão deixa o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, concedido por agências de classificação de risco.
Sem o grau de investimento, que funciona como um selo de bom pagador, as empresas brasileiras poderão ter mais dificuldade para conseguir crédito no mercado, e pagar juros mais altos por ele.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central iniciou a rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro. O BC vendeu 9.450 contratos. Se mantiver esse ritmo até o fim do mês, como tem feito, o órgão rolará o lote integral de swaps, correspondente a US$ 9,458 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
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