Após cinco altas seguidas, o dólar comercial fechou em queda nesta quarta-feira (29). A moeda norte-americana caiu 1,18%, a R$ 3,329 na venda.
Na sessão anterior, o dólar havia subido 0,15%, a R$ 3,369, no maior valor desde 27 de março de 2003, quando fechou a R$ 3,386.
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Cenário externo
A sessão foi influenciada pelo resultado positivo da Bolsa da China nesta quarta. O mercado de ações em Xangai fechou em alta de 3,47%, recuperando-se parcialmente de uma queda de quase 11% nos últimos dias.
Ainda no cenário externo, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) reafirmou que deve começar a subir a taxa de juros no país em setembro.
O órgão disse, porém, que espera maior fortalecimento do mercado de trabalho e confiança de que a inflação subirá, antes de elevar a taxa.
A alta dos juros nos EUA preocupa os investidores porque pode fazer com que os recursos que hoje estão em países emergentes, como o Brasil, sejam transferidos para lá.
Cenário interno
No Brasil, investidores aguardam a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que define a Selic, a taxa básica de juros, nesta quarta.
O mercado espera uma alta de 0,5 ponto percentual, o que faria com que a Selic subisse dos atuais 13,75% para 14,25% ao ano, segundo o Boletim Focus, uma publicação do BC que organiza as projeções das principais instituições financeiras do país.
Se a projeção se concretizar, será o sétimo aumento seguido da taxa de juros.
Atuação do Banco Central
Investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central deve agir no mercado de câmbio. A valorização do dólar tende a aumentar a inflação, que já está alta.
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