O dólar comercial fechou em alta de 1,29% nesta terça-feira (7), cotado a R$ 3,183 na venda. É o maior valor de fechamento desde 29 de maio, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,187.
Na sessão anterior, o dólar havia ficado quase estável, com leve alta de 0,09%, a R$ 3,142.
À tarde, a moeda chegou a ultrapassar o nível de R$ 3,20, acompanhando o movimento de valorização no mundo todo.
Cenário externo
A alta do dia foi influenciada pela crise da dívida da Grécia. Permanece a incerteza sobre o futuro do país na zona do euro, após os gregos não aceitarem, em referendo, os termos do acordo proposto pelos credores.
Com a incerteza, o mercado financeiro prefere investimentos em dólar, mais seguros, a negócios arriscados. A maior procura pela moeda tende a fazer com que o preço dela suba.
Cenário interno
No cenário interno, o mercado de dólar foi afetado pela crise política que o governo enfrenta. Nesta terça, diante do aumento do tom das especulações sobre impeachment, a presidente Dilma Rousseff disse à Folha de S.Paulo que "não vai cair."
"Antes, falávamos de impeachment como se fosse uma brincadeira, uma impossibilidade. Hoje, já é uma possibilidade a ser levada a sério, algo factível", disse à agência de notícias Reuters o especialista em câmbio da corretora Icap Italo Abucater
Atuação do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares). Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,576 bilhão, ou por volta de 15% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
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