Após avançar mais de 1% e passar de R$ 3,18 ao longo do dia, o dólar comercial fechou quase estável nesta quarta-feira (27), com leve queda de 0,15%, a R$ 3,145 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,68%, a R$ 3,15, no maior valor de fechamento desde 1º de abril, quando valia R$ 3,173.
Investidores aguardavam com preocupação as votações, pelo Senado, das medidas provisórias do ajuste fiscal, para reequilibrar as contas públicas, que devem acontecer até sexta-feira.
Na terça-feira (26), após o fechamento dos mercados, o Senado aprovou uma das medidas, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas.
Também havia apreensão no mercado devido a rumores sobre divergências entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre o pacote de ajuste fiscal.
No final da tarde, a presidente Dilma Rousseff disse que não há conflitos entre os dois ministros e que deseja concluir a votação do ajuste o mais rápido possível.
Continua expectativa sobre alta de juros nos EUA
Com relação ao cenário externo, segue a expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), comece a aumentar as taxas de juros por lá.
"Talvez junho esteja descartado, mas acredito que o mercado está mais confortável com a ideia de que os juros vão subir ainda neste ano", afirmou o estrategista Neil Mellor, do Bank of New York Mellon.
Juros mais altos são vistos como negativos para o Brasil porque podem atrair para os EUA recursos atualmente investidos aqui. Com menos dólares, a moeda tende a ficar mais cara.
Atuação do BC no câmbio
O BC brasileiro vendeu nesta sessão a oferta total de até 8.100 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no leilão de rolagem.
O BC já rolou o equivalente a US$ 7,093 bilhões, ou cerca de 73% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
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