As prefeituras de Mato Grosso do Sul esperam enfrentar mais um mês difícil nas finanças. Diante da crise econômica que assola o país, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais fontes de renda das cidades, fechou o mês de julho com um prejuízo de 26% se comparado aos valores transferidos em junho pelo governo federal.
Em termos de valores o prejuízo entre um mês e outro representa mais de R$ 21,5 milhões, conforme cálculos da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul).
A transferência constitucional totalizou R$ 61.388.546,45 (milhões) em julho para divisão entre as prefeituras de MS, enquanto que em junho rendeu R$ 82.904.941,50.
A queda do FPM no mês de junho em relação a maio, quando o bolão totalizou R$ 92.386.792,15, foi de 10%, segundo as contas da Assomasul.
No acumulado junho/julho, em comparação a maio, o FPM despencou 36%.
Para o presidente da entidade, prefeito de Nova Alvorada do Sul, Juvenal Neto (PSDB), a baixa receita verificada nos últimos meses deixa um sinal de alerta para os gestores públicos, sobretudo, comprova o desespero de todos nessa luta por recursos extras visando à retomada dos investimentos prioritários.
“É triste, mas a realidade é essa. As prefeituras estão falidas e não têm como pagar as contas porque o governo federal cria programas e não indica de onde tirar dinheiro”, desabafou Juvenal Neto, que na próxima quarta-feira (5) irá a Brasília com grupo de prefeitos participar da “Mobilização Permanente”, organizada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), a fim de pressionar o governo federal por mais recursos.
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