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Médica cubana luta para permanecer em Dourados

Depois de três anos atuando em postos de Saúde de Dourados

28 Out 2016 - 08h30Por Dourados Agora

Depois de três anos atuando em postos de Saúde de Dourados, a cubana Karem Guadalupe Saboit Valdes, luta para permanecer no Brasil. Primeira médica a chegar no município pelo programa "Mais Médicos", ela terá que voltar a Cuba no próximo dia 9, data em que vence o contrato que tem com o programa. É que o governo de Cuba exige que cada três anos, os médicos que estão no Brasil devem regressar para serem substituídos pos outros profissionais daquele país.

Karem está em Dourados desde dezembro de 2013. Dizendo-se apaixonada pelos douradenses, ela conta que está tomando providências e buscando informações, até mesmo na Justiça, para ficar no Brasil.

O assunto vem a tona essa semana, quando uma médica cubana em Brasília conseguiu na Justiça o direito de permanecer no Brasil e continuar trabalhando no Mais Médicos.

Na ocasião a 20ª Vara Federal do Distrito Federal, em decisão inédita, determinou que o Ministério da Saúde renove diretamente o contrato com a profissional nas mesmas condições em que foi admitida, dispensando, assim, a intermediação do convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde. Com o desfecho, a profissional passa a receber integralmente o valor do intercâmbio (R$ 11.520). Até agora, seu contracheque era de R$ 2 976,00. O restante era encaminhado para o governo cubano.

Dourados

Em Dourados, a decisão foi vista como vitória para a médica Karem Guadalupe Saboit Valdes, que é uma entre os 12 médicos cubanos que atendem no município. Para ela, a medida vai se tornar inspiração para outros médicos que querem permanecer no Brasil.

Ela defende que os profissionais que constituíram família no Brasil deveriam ter a opção de permanecer no país. "Eu sou casada com um brasileiro e criei laços afetivos aqui em Dourados. Sou apaixonada por esse país e, apesar de não ter nada contra Cuba, gostaria de permanecer no Brasil. É uma questão de escolha", destaca.

Karem é natural do Estado de Camaguey, em Cuba. Ela diz que é muito fácil para um cubano se adaptar ao Brasil porque vê poucas diferenças entre os dois países. A única dificuldade que teve no início de seu trabalho foi com a língua portuguesa, barreira já vencida.

Um dos motivos que a trouxe para o Brasil foi a vontade de incrementar o currículo com a nova experiência. "Lá a estrutura é totalmente gratuita e muito organizada na saúde e educação. Em relação aos postos de saúde existem um a cada 400 famílias. Aqui os postos atendem uma estrutura muito maior, mas vejo que o sistema é organizado de certo modo, com um pouco de dificuldade em relação ao abastecimento de medicamentos", destaca.

A especialista diz que ao chegar, fez curso de preparação do Sistema de Saúde do Brasil e que o próximo passo é a revalidação do diploma de medicina para atuar futuramente de forma independente no Brasil, podendo abrir o próprio consultório.

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