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IVINHEMA

Família de homem baleado acidentalmente luta para conseguir vaga em Dourados ou Campo Grande

Vítima que precisa passar por um neurocirurgião permanece na UTI do Hospital Regional de Nova Andradina

9 Jul 2018 - 14h56Por Campo Grande News

Desde o último dia 30 de junho, uma família de Ivinhema vive um verdadeiro drama na tentativa de buscar atendimento médico especializado para um homem de 41 anos que foi atingido por um disparo acidental de arma de fogo durante uma pescaria. A vítima, que ficou com um projétil alojado na coluna vertebral, precisa passar por um neurocirurgião, porém, a vaga não estaria disponível.

Na manhã desta segunda-feira (09), o Nova News apurou junto à família do homem que, no dia 30/06/2018, ele e um amigo foram para uma pescaria na zona rural de Ivinhema, sendo que, em circunstâncias que ainda não foram apuradas, um arma usada pela vítima disparou acidentalmente, atingindo o pescador.

 

O amigo, ao ouvir o disparo e os gritos de socorro do homem, se aproximou, o arrastou por cerca de 300 metros até chegar ao carro e o levou até o Hospital Municipal de Ivinhema, de onde ele foi encaminhado para o Hospital Regional (HR) Francisco Dantas Maniçoba, em Nova Andradina.

 
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Família revela que tentará, por meios judiciais, encaminhar a vítima para uma vaga de UTI em Campo Grande - Imgem: Ilustração / Reprodução
 

Segundo a família, os médicos informaram que o projétil perfurou o intestino, destruiu um dos rins e ficou alojado na coluna vertebral. No HR, foram feitas cirurgias para reparação do intestino e a para a remoção do rim atingido, no entanto, com relação à coluna vertebral, apenas um neurocirurgião, especialista que pode ser encontrado em Dourados ou Campo Grande, é que teria habilitação para realizar os procedimentos necessários.

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HR, o homem segue em coma induzido aguardando a abertura de uma vaga na UTI do Hospital da Vida, em Dourados. Vaga esta que não tem previsão para surgir. A família revelou que em Campo Grande haveria a vaga, porém, devido à regulamentação, o HR teria competência de encaminhar o paciente apenas para Dourados, que é a cidade de referência.

Um dos caminhos encontrados pela esposa da vítima seria a garantia da vaga por meio de uma ação judicial. Ela disse que como o marido segue internado no HR de Nova Andradina, ela está hospedada na casa de parentes em Batayporã. “Fui até o Fórum de Batayporã em busca de informações e me disseram que apenas em Ivinhema, cidade onde moramos, é que eu poderia dar entrada neste procedimento. Nesta terça-feira (10) irei até Ivinhema para ver se consigo algo. Tenho medo de que esta demora comprometa a saúde do meu esposo”, disse ela.

A mulher revela temer que a bala que se alojou na coluna do esposo e que teria atingido a medula cause danos irreversíveis. “Tenho muito mede de que ele perca movimentos ou fique com outras sequelas graves. Não tenho o que reclamar do atendimento recebido por ele no HR de Nova Andradina, porém, o desafio agora é vencer esta burocracia. Em Campo Grande há a vaga e vamos tentar por todos os meios possíveis encaminhá-lo para lá”, finalizou. Caso alguém se sensibilize com a situação e possa colaborar de alguma forma, pode entrar em contato com a família pelo telefone (67) 9 9668-4877.

Debate na Assembleia Legislativa*

Teve início na manhã desta segunda-feira (09), uma audiência pública sobre a regulação e gerenciamento de leitos hospitalares em Mato Grosso do Sul. A discussão é promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, tendo a participação dos parlamentares, assim como especialistas no setor.

Um dos temas do evento é debater como funciona o gerenciamento dos leitos, que de acordo com representantes do setor, é um dos processos mais críticos nos hospitais do Estado. A falta de leitos gera muitas reclamações da população, principalmente em casos graves. As unidades de saúde poderão apontar as dificuldades que enfrentam nesta questão.

Entre os dados divulgados é que houve um aumento de mais de 326% do primeiro trimestre de 2018, comparado ao mesmo período no ano passado, em relação a procura por leitos hospitalares via Defensoria Pública. Os participantes devem apresentam sugestões para que este processo seja mais efetivo no Estado.

Esta discussão já passou pelo legislativo municipal de Campo Grande no mês passado, que teve a participação inclusive da promotora de Justiça Filomena Aparecida Depolito, que no evento apresentou um panorama sobre as vagas de leitos em hospitais da Capital. Também mostrou os dados sobre ações do Ministério Público sobre a falta de leitos nestas unidades.

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