O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que está acompanhando o trabalho realizado pela polícia em Paranhos, após o atentado contra o prefeito da região, Dirceu Bettoni, baleado na última quinta-feira (14), enquanto chegava em casa. Reinaldo afirma que Jomar Lemes, 47 anos, executado com vários tiros de pistola no último domingo (17), não foi preso, mas teria ligação com o crime.
“Primeiro dizer do resultado da identificação dos autores, agora através deles, ver se teve mando, esse é um trabalho da inteligência da polícia, com certeza esse novo crime ocorrido lá tem a ver com esse atentado ao prefeito, tanto que essa pessoa não foi presa, mas foi levada para prestar depoimento que já existia uma possível participação dele indicando principalmente o local onde mora o prefeito”, diz o governador.
Azambuja destaca a dificuldades que o Brasil encontra ao fazer fronteira com o Paraguai, que possui leis diferentes das medidas adotadas no Brasil. “ A polícia está bem atenta, ali tem uma particularidade porque temos uma fronteira seca, com um pais vizinho que tem regras da justiça diferentes da nossa, então muito da inteligência precisa identificar. O autor está identificado, agora teve mando, o que é o mando, saber o porque desse atentado”.
De acordo com o governador, o crime está praticamente elucidado. ''Toda inteligência está fazendo o trabalho, temos quase tudo isso elucidado, precisa de um pouco de paciência porque talvez precisaríamos do apoio do Paraguai para acionar integração para ter o desfecho, ver autoria, mando de quem fez e porque fez esse atentado contra o prefeito''.
Atentado contra prefeito de Paranhos
O prefeito chegava em sua casa durante a noite na última quinta-feira (14), sendo surpreendido por criminosos que realizaram disparos de arma de fogo contra o Chefe do Executivo. Ele foi atingido por três tiros e os suspeitos deixaram o local.
Dirceu foi levado para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Paranhos, sendo transferido para uma unidade de saúde em Amambai.
Por determinação do governador Reinaldo Azambuja, Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) foram deslocadas da Capital para ajudar na investigação do atentado.
Morte de suspeito
Foi identificado como Jomar Lemes, 47 anos, o homem executado com vários tiros de pistola calibre 9mm, neste domingo (17), no centro de Paranhos, município distante 470 quilômetros de Campo Grande.
Jomar havia acabado de deixar a delegacia onde prestou depoimento sobre o atentado contra o prefeito de Paranhos, Dirceu Bettoni. O chefe do Executivo foi baleado na última quinta-feira (14), quando chegava em sua residência.
O delegado Mikaill Alessandro Gouveia Faria, que investiga o caso, contou que Jomar seria de nacionalidade paraguaia, mas residia em Paranhos. Ele era apontado como suspeito de envolvimento no atentado contra o prefeito.
De acordo informações do site Gazeta News, as investigações apontavam ligações de Jomar com o suspeito de atirar contra o prefeito. O suposto autor foi identificado como Gabriel Queiroz, de 26 anos, preso na noite de sábado (16), quando se dirigia para Campo Grande em companhia da esposa, Djuly Priscilla Couto, de 28 anos, também suspeita de envolvimento no atentado contra Bettoni.
Ainda conforme Mikaill Faria, antes de ser liberado da delegacia na manhã de ontem, Jomar Lemes teve seu veículo e seu celular apreendidos para serem submetidos à perícia. A polícia trabalhava com a hipótese de indiciar Lemes como possível co-autor no inquérito que investiga o atentado contra o prefeito. A polícia não destaca que o assassinato de Jomar possa ter sido a chamada “queima de arquivo”.
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