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FILME RODADO EM DOURADOS

'Em Nome da Lei' mobiliza 730 pessoas em 70 cenários de gravação

24 Mar 2015 - 15h45

Apesar de a maioria dos 210 mil douradenses ignorar a presença na cidade de atores famosos em todo o país, como Paolla Oliveira, Mateus Solano, Chico Díaz e Eduardo Galvão, o longa “Em Nome da Lei” mexe com a rotina de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Iniciadas no sábado, as gravações vão durar pelo menos sete semanas e só terminam em maio.

Ao todo, 731 pessoas trabalham nas gravações, segundo a produtora executiva Camila Medina, da Morena Filmes, empresa carioca que tem no currículo a produção de longas consagrados, como “Meu Nome Não é Johnny” (2008), “Guerra de Canudos” (1997), também dirigido por Sérgio Rezende, “O Homem da Capa Preta” (1986), outra obra dirigida por Rezende, e “Meu Passado Me Condena” (2013).

Camila Medina disse hoje ao Campo Grande News que em Dourados foram contratadas 30 pessoas, entre pintores de cenário, assistentes e motoristas. Também foram selecionados 600 figurantes locais e 18 atores da cidade. “Chamamos de ator quem tem fala nas gravações, ou seja, essas 18 pessoas da cidade vão contracenar diretamente com os demais atores”, explicou ela. Entre os atores locais está Blanche Torres, diretora do jornal O Progresso, que vai interpretar Terezinha, a secretária do juiz Vítor.

“Em Nome da Lei” é uma obra de ficção, inspirada na trajetória do juiz federal Odilon de Oliveira, conhecido nacionalmente por enfrentar o crime organizado na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e condenar à prisão dezenas de traficantes e contrabandistas poderosos. Ameaçado de morte, Odilon anda sob proteção permanente de agentes federais e em 2005 chegou a dormir no Fórum de Ponta Porã, temendo um atentado. Nesta terça-feira ele deve vir a Dourados para acompanhar as gravações.

Apesar de 100% gravado em Dourados com atores, cinegrafistas e outros trabalhadores locais, o nome da cidade não vai aparecer nas telonas. A cidade do filme é fictícia. Trata-se de um povoado encravado na faixa de fronteira seca com o Paraguai. Seria Ponta Porã, mas os produtores e o diretor do filme, Sérgio Rezende, decidiram fazer tudo em Dourados. A linha de fronteira que vai aparecer nocinema será a Rua Cuiabá.

Abandonado há anos, Clube Samambaia foi transformado no principal cenário
do filme (Foto: Eliel Oliveira)

Equipe de fora – A produção do longa trouxe para Dourados 45 técnicos e 38 atores de fora. Entre eles estão Mateus Solano, que interpreta o juiz Vítor, e Paolla Oliveira, que faz o papel da promotora federal Alice (o nome inicial era Marines, mas foi alterado para Alice, conforme a produção informou ontem). Além de contar com a ajuda da promotora para combater o crime, Vitor vai viver um romance com Alice.

Chico Díaz será o bandido Gomez, chefe do crime organizado na fronteira. Eduardo Galvão interpreta o delegado federal Elton, outro aliado do juiz Vítor na guerra ao tráfico. Emílio Dantas será o bandido Hermano. Rômulo Estrela vai interpretar um jornalista paulistano, que se alia ao juiz Vítor para ajuda-lo a colocar os criminosos atrás das grades.

Cenários – A produtora Camila Medina informou que as gravações vão ocorrer em 70 cenários montados em 40 lugares da cidade. “São ruas, estradas, postos de gasolina, hospitais, casas, aeroporto”, afirmou ela. Desde sábado, quando a equipe começou a rodar o filme, as cenas já foram gravadas no Clube Samambaia, nos arredores do extinto Dourados Park Hotel na Avenida Guaicurus, em um escritório de contabilidade no centro e no estacionamento do Shopping Avenidas Center.

Dois desses locais voltaram a ganhar vida com as gravações de “Em Nome da Lei”. Embora apenas a parte externa tenha sido usada até agora – cenas do personagem de Mateus Solano foram gravadas no local sábado – o Dourados Park Hotel voltou a ser comentado na cidade. Fechado há anos após o fim da sociedade familiar que administrava o local, o prédio localizado na saída para o aeroporto está em ruínas. O Campo Grande News apurou que os donos moram no Paraná.

Samambaia – Principal local de gravações do filme, o Samambaia também volta à tona. Equipado com piscina, quadras de tênis e quiosques, o clube particular chegou a ter dezenas de sócios, mas está desativado há mais de oito anos. Dois grandes cenários foram montados clube, localizado na Rua Balbina de Matos, uma das regiões mais valorizadas da cidade.

É no Samambaia que Mateus Solano e Paolla Oliveira vão contracenar no papel do juiz Vítor e da promotora Alice. O clube foi transformado na sede da Justiça Federal. Também é nesse local que o magistrado do filme passará a morar vigiado por um forte esquema de segurança depois que passar a ser ameaçado de morte pelos bandidos prejudicados por suas decisões contra o crime organizado.

O filme – “Em Nome da Lei”, filme de Sérgio Rezende, conta a história de Vítor, um jovem juiz federal disposto a desmontar o esquema de contrabando e tráfico de drogas que impera na cidade de fronteira.

Ele chega à cidade cheio de ideias, mas é atropelado pela realidade. Para prender Gomez (Chico Diaz), o juiz vai precisar da ajuda da bela procuradora Alice (Paolla Oliveira) e da equipe do policial federal Elton (Eduardo Galvão). Juntos, eles podem mudar a história da fronteira, mas antes terão que enfrentar as ameaças contra a vida de Vítor. “No fundo dessa história de ação bem brasileira, a paixão entre Vitor e Alice, envolvidos pelo sonho de justiça”, afirma o material de divulgação do longa.

“Eu tive a ideia de fazer esse filme quando soube da história do juiz federal Odilon de Oliveira”, afirmou Sérgio Rezende, através da assessoria do longa-metragem. “Ele tem um trabalho sério na fronteira do Brasil com o Paraguai e virou uma lenda na região. A gente partiu desse mote de um juiz decidido a colocar ordem e enfrentar os bandidos para construir o filme como uma ficção, uma história de ação que tem em paralelo um romance, um pouco de humor e até um tabu sobre o qual prefiro guardar segredo”.

“A produção está toda concentrada em Dourados. A população está muito curiosa a respeito do filme, o que é natural porque envolve um elenco muito rico e interessante” , afirmou a produtora Mariza Leão. “Produzir um filme que conta uma história ficcional sobre justiça é um grande desafio em um momento como o que o país passa”.

Conforme a Morena Filmes, o longa-metragem tem coprodução e distribuição da Fox Film do Brasil. A estreia está prevista para 2016.

Arredores do Dourados Park Hotel, desativado há vários anos, também são usados durante
as gravações (Foto: Eliel Oliveira)

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